A situação noticiada pela “IstoÉ”, sobre o problema de saúde mental da presidente Dilma Rousseff exige provimento da Procuradoria-Geral da República. Ou de qualquer um brasileiro. É uma chefe do governo federal, no exercício do mandato, de que se está falando. Os portadores de doença mental precisam ser interditados, e para cuidar deles e representá-los, um curador. O próprio Manual de Perícia Oficial do Servidor Público Federal, que Dilma assinou, e ainda a Lei nº 8112/90 tratam desse assunto.
A notícia não releva apenas uma destemperança ocasional, passageira, justificada e normal nas pessoas com boa saúde mental. O quadro é muitas vezes pior. É um perigo para todos nós brasileiros ter uma presidente da República na situação que a IstoÉ torna pública.
A análise feita abaixo pelo leitor doutor Ednei Freitas, um dos mais conceituados psiquiatras (e também psicanalista) brasileiros, reforça a necessidade da Procuradoria intervir, a fim de submeter a senhora presidente da República a uma junta médica, multidisciplinar, para aferir se ela tem ou não condições de continuar no exercício do cargo. Caso não tenha, é uma outra razão para o impedimento. E a medida, a cargo da Procuradoria ou da parte de qualquer eleitor, precisa ser tomada imediatamente.
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OLANZAPINA NÃO TEM EFEITO TRANQUILIZANTE
OLANZAPINA NÃO TEM EFEITO TRANQUILIZANTE
Ednei Freitas
Vejam bem: a Olanzapina é um antipsicótico, que não tem efeito tranquilizante, e é uma das mais potentes drogas para tratamento exclusivo da esquizofrenia, ou de episódios maníacos, antigamente chamados de Psicose Maníaco Depressiva e que também antigamente se desdobrava em Episódios Maníacos Francos, Mania Furiosa e Estado Misto, alternando simultaneamente episódios de mania e depressão em ciclagem rápida.
Vejam as recomendações que são estritas para o uso de Olanzapina: “A Olanzapina é indicada para o tratamento agudo e de manutenção da esquizofrenia e outras psicoses, nas quais sintomas positivos (ex.: delírios, alucinações, alterações de pensamento, hostilidade e desconfiança) e/ou sintomas negativos (ex.: afeto diminuído, isolamento emocional e social, pobreza de linguagem) são proeminentes. A Olanzapina alivia também os sintomas afetivos secundários, comumente associados com esquizofrenia e transtornos relacionados. A Olanzapina é eficaz na manutenção da melhora clínica durante o tratamento contínuo nos pacientes que responderam ao tratamento inicial. A Olanzapina é indicada, em monoterapia ou em combinação com lítio ou valproato, para o tratamento de episódios de mania aguda ou mistos do transtorno bipolar, com ou sem sintomas psicóticos e com ou sem ciclo rápido. A Olanzapina é indicada para prolongar o tempo e reduzir as taxas de recorrência dos episódios de mania, mistos ou depressivos no transtorno bipolar.”
Lembro-me de já ter chamado a atenção nesta Tribuna da Internet que a saúde mental da presidente da República não estava hígida. Foi uma resposta ao dr. Jorge Béja, que me perguntou se os discursos em que Dilma fazia e não tinham raciocínio lógico que ofereci uma resposta e disse na época que via um certo autismo e alheamento da presidente, além de atitudes e discursos inadequados.
PRESERVAR A IMAGEM
A reportagem da IstoÉ menciona uma teoria que não existe nem é descrita nos livros de Psiquiatria e se isso fosse, não estaria indicada a Olanzapina: “O modelo consagrado pela renomada psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross descreve cinco estágios pelo qual as pessoas atravessam ao lidar com a perda ou a proximidade dela. São eles a negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação. Por ora, Dilma oscila entre os dois primeiros estágios. Além dos surtos de raiva, descreve cinco estágios pelo qual as pessoas atravessam ao lidar com a perda ou a proximidade dela. São eles a negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação. Por ora, Dilma oscila entre os dois primeiros estágios. Além dos surtos de raiva”.
Tenho certeza que o modelo inventado pela renomada psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross foi citado pela a imprensa para preservar a imagem da chefe do governo e a relação médico-paciente. Acontece que Dilma Roussef não é uma paciente comum, e sim a Presidente da República, e temos mais de duzentos milhões de brasileiros que dependem e sofrem consequência das decisões que ela toma.
Na Mania Franca, o sujeito fica otimista, veste-se com cores aberrantes, acredita que vai ganhar na loteria, aparenta uma alegria incompreensível e um otimismo irreal, mas não agride ninguém. Penso que a presidente está num quadro psicótico de Mania Furiosa, que não é mais usado nas classificações psiquiátricas atuais, e foi convertida no rótulo “Episódios Maníacos” pela Associação Norte-Americana de Psiquiatria.
02 de abril de 2016
Jorge Béja
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