O Brasil corre um sério risco de ser rebaixado a um país emergente de segunda classe. Com esse nível negativo de crescimento, já não estaremos sequer entre as 10 maiores economias do mundo nos próximos anos. E para voltarmos a ser um país competitivo e que gere investimentos e empregos, serão necessários duros ajustes nas contas públicas. O que vem pela frente não será indolor, alguém vai ter de pagar e não há dúvidas de que sempre será a classe média e as classes baixas, independente de quem seja o governante.
Os juros do Brasil são os maiores do mundo e os lucros do sistema financeiro continuam batendo recordes. O governo Dilma infantilmente vetou a auditoria na dívida externa e já não conseguimos arcar nem mesmo com o chamado serviço da dívida. Quando não amortizamos, os juros se incorporam à dívida, aumentando sua proporção sobre o PIB.
Não vejo futuro melhor se não há incentivos para a produção. Se alguém ganha na loteria dezenas de milhões, é muito melhor manter o dinheiro no mercado financeiro do que abrir empresas e gerar empregos.
É este o país em que vivemos hoje e que nos deixa atemorizados quanto ao nosso futuro, pois não vemos nada sendo feito para melhorar essa situação. Como muitos articulistas já declararam nos mais diversos sites, as coisas vão piorar muito antes de começarem a melhorar.
02 de abril de 2016
Luís Hipólito Borges
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