"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 2 de abril de 2016

OPOSIÇÃO ACUSA DILMA E LÍDER DO MST DE INCITAR VIOLÊNCIA

PARA OPOSIÇÃO, ESTRATÉGIA É USADA PARA TENTAR BARRAR O IMPEACHMENT

LÍDER DO PSDB PEDE INVESTIGAÇÃO SOBRE CONSTITUIÇÃO DE "MILÍCIA ARMADA". FOTO: GEORGE GIANNI/PSDB


A oposição protocolou nesta sexta-feira (1º), uma representação na PGR (Procuradoria Geral da República) contra a presidente Dilma Rousseff e o coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos, por suposta prática de incitação à violência como resistência ao pedido de impeachment em trâmite na Câmara dos Deputados.

Assinado pelo líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), a representação também pede abertura de inquérito para apurar possível prática de constituição de "milícia armada" e improbidade administrativa.

Boulos, representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, teria dito nesta semana, em evento no Palácio do Planalto, que haverá mobilização nas ruas "para resistir a esse golpe".

"Isso (golpe) não funciona mais hoje. Não funcionará e é por isso que dizemos: vai ter luta, vai ter resistência. Não passarão com esse golpe de araque no Brasil", teria dito Boulos, de acordo com a petição protocolada por Imbassahy.

Na representação, Imbassahy diz que Dilma fez pronunciamentos "indecorosos e indignos do cargo que ocupa", ratificando o discurso de Boulos de que o atual processo de impeachment é um golpe.

"Ora, a Presidente da República não tem o direito de dizer que um procedimento de impeachment que já foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal, e considerado legítimo, é golpe. 
O procedimento de impeachment existe justamente para saber se houve ou não o crime de responsabilidade. Se a Presidente da República considera que não há crime de responsabilidade, cabe a ela defender-se nos autos desse processo. Esse é o direito que lhe assiste. Mas não lhe cabe provocar discursos inflamados, tentar jogar a população contra as instituições e tolerar ou amplificar promessas de resistência armada feitas nas barbas dos poderes constituídos brasileiros", diz a petição.

O líder da oposição na Câmara, deputado Miguel Haddad (PSDB-SP), anunciou nesta sexta também que vai pedir investigação contra Dilma, contra o coordenador nacional do MST, Alexandre Conceição, e o secretário de finanças e administração da Contag, Aristides Santos.

Durante evento de regularização de propriedades rurais no Palácio do Planalto, eles teriam incitado a violência como resistência ao processo de impedimento da presidente.

Os discursos da petista e os eventos no Palácio do Planalto que terminaram em atos para defender seu mandato têm incomodado a oposição. 
"É inadmissível que o governo Dilma utilize a máquina pública para promover palanque de apoio e incitação à violência. O governo está agindo de forma irresponsável e deve responder por isso", justificou Haddad, em nota divulgada nesta tarde.

O tucano reclama que Dilma não coibiu os discursos provocadores, entre eles o de Aristides Santos, que teria dito: "a forma de enfrentar a bancada da bala contra o golpe é ocupar as propriedades deles nas bases e no campo. Porque se eles são capazes de incomodar o ministro do Supremo Tribunal Federal, nós vamos incomodar também as casas e as fazendas deles."

Haddad também menciona crítica do coordenador do MST ao juiz Sérgio Moro, que teria sido chamado de "golpista". (AE)



02 de abril de 2016
diário do poder

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