"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 2 de abril de 2016

R$ 1 MILHÃO PARA COMPRAR VOTO CONTRA IMPEACHMENT É MUITO BARATO...



Charge do Laerte, reprodução da Folha











Não adianta a presidente Dilma e seus aliados proclamarem, no Brasil e no exterior, que o impeachment é golpe. Como dizia o famoso jesuíta espanhol Óscar  Quevedo, que representava a Igreja Católica em embates religiosos aqui no Brasil e carregava no sotaque, “isso não ecxiste”.  Realmente, não pode haver golpe previsto na Constituição. Trata-se de uma equação juridicamente simples – se é uma medida constitucional, jamais pode ser considerada golpe, como dizem os verdadeiros juristas.
Mas a presidente Dilma e seus aliados insistem no chamado “jus sperniandi”, ao mesmo tempo em que tentam desesperadamente comprar a consciência de deputados que aceitariam se vender por 30 dinheiros, mas de repente lembram que terão de se dirigir ao microfone do plenário e dizer não, na hora de votar o impeachment que a nação exige, conforme todas as pesquisas comprovam.
CHAMADA NOMINAL
Para os deputados governistas manterem um mínimo de privacidade, a pressão na Câmara era no sentido de que a votação fosse no sistema eletrônico, em que os parlamentares optam em apertar os botões de “sim”, “não” ou “abstenção”, e o resultado vai direto para o painel instalado no plenário.
Mas será adotado o método mais transparente e tradicional, com a secretaria da Mesa chamando os deputados um a um, exatamente como ocorreu no impeachment do presidente Fernando Collor. E a chamada vai começar pelos representantes da Região Sul, o que significa que desde o início o placar será amplamente favorável ao impeachment, deixando constrangido que for votar contra.
PRESSÃO IRRESISTÍVEL
Em Brasília, circula a informação de que um voto contra o impeachment estaria valendo R$ 1 milhão, o que não significa muita coisa, se levarmos em consideração que a emenda da reeleição no governo FHC foi comprada pelos tucanos ao câmbio de R$ 200 mil.
A diferença é que, naquela época, a votação foi pelo sistema eletrônico. Agora é bem diferente. O deputado tem de dar a cara a tapa, como se dizia antigamente. Vai se dirigir microfone do plenário e anunciar o voto, que pode até significar o fim de sua carreira política. Por isso, R$ 1 milhão é um cachê considerado baixo demais, embora nada impeça que o deputado ponha a mão no dinheiro, depois diga “desculpe, foi engano” e vote a favor do impeachment, como aconteceu no caso de Collor, que perdeu muitos votos que considerava certos.
UMA QUESTÃO DE TEMPO
Conforme já explicamos muitas vezes aqui na Tribuna da Internet, o impeachment de Dilma Rousseff é apenas uma questão de tempo, que sempre conspirou contra ela. Quanto mais o tempo passa, a situação vai se complicando.
A cada dia, mais deputados vão abandonando o governo, que o conhecido senador sindicalista baiano Walter Pinheiro classificou de “Titanic”, ao se desfiliar do PT na terça-feira, dia 29, depois de 33 anos no partido, tendo sido fundador da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Bem, o governo julga hoje ter por volta de 140 votos, mas precisa de 171, porque o presidente da Câmara não tem direito a se manifestar, nos termos do Regimento Interno. Isso significa que, se não houver um milagre, dona Dilma Vana Rousseff pode ir arrumando as malas.
02 de abril de 2016
Carlos Newton

Nenhum comentário:

Postar um comentário