"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

EM DELAÇÃO PREMIADA, CERVERÓ DIZ TER PAGO PROPINAS A TRÊS SENADORES

EM DELAÇÃO, ELE DIZ TER PAGO PROPINA A JÁDER, DELCÍDIO E RENAN

CERVERÓ PRESTOU DEPOIMENTOS À PF DURANTE QUATRO DIAS, EM CURITIBA. (FOTOS: AGÊNCIA SENADO)


Em seu acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou haver pago US$ 6 milhões em propina ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Ele disse também que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que se encontra preso, recebeu subornos no valor de US$ 2 milhões.

Cerveró contou que o dinheiro foi proveniente de uma série de propinas arrecadadas em vários contratos da diretoria internacional, como a construção de navios-sonda e a compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena (EUA).

Embora a área internacional fosse feudo político do PMDB, Cerveró disse que foi nomeado para o cargo graças ao peso político de Delcídio do Amaral, de quem foi homem de confiança na área de gás da Petrobras de 1999 a 2001.

O lobista Fernando Soares, o “Fernando Baiano”, confirmou a delação de Cerveró. Ele contou que Renan e Jader teriam recebido US$ 6 milhões de propinas em contrato de navio-sonda e Delcídio recebeu “comissão” de US$ 1,5 milhão na compra superfaturada da refinaria norte-americana de Pasadena.

Cerveró prestou depoimento por quatro dias, na semana passada, na superintendência da Polícia Federal de Curitiba. Ele está preso desde janeiro. Já Delcídio está preso sob suspeita de tentar atrapalhar as investigações da Lava-Jato.

O presidente do Senado nega a acusação, afirmando que suas relações com empresas públicas e privadas nunca ultrapassaram os "limites institucionais".



17 de dezembro de 2015
diário do poder

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