Abdelhamid Abaaoud é suspeito de ter liderado os atentados de Paris da última sexta-feira desde a Síria. A revista de propaganda do EI publicou uma entrevista com ele que é agora recuperada.
Abdelhamid Abaaoud esteve na Bélgica numa casa segura juntamente com outros membros de uma célula terrorista. Em janeiro deste ano o local foi atacado e foram mortos dois dos militantes. Mas Abaaoud fugiu para a Síria onde terá coordenado os atentados de Paris
No princípio deste ano, a revista de propaganda do autoproclamado Estado Islâmico, a Dabiq, publicou uma entrevista com Abdelhamid Abaaoud. É este belga de origem marroquina que as autoridades belgas dizem ser o cérebro de toda a operação dos ataques de Paris da ´ultima sexta-feira, dia 13 de novembro. O belga viveria num bairro de Bruxelas liderando uma alegada célula terrorista no país mas, no passado mês de janeiro, a casa onde habitavam os membros desta célula foi atacada e desmantelada pelas autoridades. Abaaoud terá conseguido fugir para a Síria.
O jornal El Espanol relembrou esta conversa e destacou algumas das declarações (há que referir que esta revista é totalmente propagandista e é possível que as afirmações sejam inventadas ou que tenham sido, inclusivamente, ditas por outra pessoa):
Abaaoud terá viajado para a Bélgica juntamente com outros dois elementos de uma célula terrorista que foram mortos dias depois dos ataques contra o Charlie Hebdo pela polícia belga na cidade de Verviers. Porque viajou até ao país belga? Porque “Alá me escolheu” e o motivo era “aterrorizar os cruzados que fazem a guerra contra os muçulmanos”.
E para o que serviu a viagem à Bélgica? Apesar de revelar pouca coisa Abaadoud contou que “conseguimos armas e criámos uma casa segura enquanto planeávamos operações”.
O belga de origem marroquina conta até que foi detido pelas autoridades do país, mas, e apesar de a sua fotografia estar presente em todas as televisões, soltaram-no: “O agente olhou para mim para me comparar com a fotografia, mas deixou-me ir. Nada mais do que um presente de Alá“.
Depois a revista pergunta como é que foi possível ter sido relacionado com os outros dois jihadistas, que foram mortos mais tarde, se não estava em casa. A polícia conta que foram intercetas chamadas alegadamente destes militantes. Mas Abaaoud conta que “depois do ataque à casa segura, deduziram que eu estive com os irmãos e que planeámos operações juntos. Assim, reuniram espiões de todo o mundo, desde a Europa à América, para me deterem. Prenderam muçulmanos na Grécia, França, Espanha e Bélgica para me apanharem. Nenhum estava ligado aos nossos planos!”
O homem conseguiu fugir para a Síria através da Grécia. Mas não oferece muitos detalhes em relação à fuga: “O meu nome estava nas notícias e, no entanto, pude estar na terra deles, planear operações contra eles e partir quando foi necessário.”
20 de novembro de 2015
in observador
Abdelhamid Abaaoud esteve na Bélgica numa casa segura juntamente com outros membros de uma célula terrorista. Em janeiro deste ano o local foi atacado e foram mortos dois dos militantes. Mas Abaaoud fugiu para a Síria onde terá coordenado os atentados de Paris
No princípio deste ano, a revista de propaganda do autoproclamado Estado Islâmico, a Dabiq, publicou uma entrevista com Abdelhamid Abaaoud. É este belga de origem marroquina que as autoridades belgas dizem ser o cérebro de toda a operação dos ataques de Paris da ´ultima sexta-feira, dia 13 de novembro. O belga viveria num bairro de Bruxelas liderando uma alegada célula terrorista no país mas, no passado mês de janeiro, a casa onde habitavam os membros desta célula foi atacada e desmantelada pelas autoridades. Abaaoud terá conseguido fugir para a Síria.
O jornal El Espanol relembrou esta conversa e destacou algumas das declarações (há que referir que esta revista é totalmente propagandista e é possível que as afirmações sejam inventadas ou que tenham sido, inclusivamente, ditas por outra pessoa):
Abaaoud terá viajado para a Bélgica juntamente com outros dois elementos de uma célula terrorista que foram mortos dias depois dos ataques contra o Charlie Hebdo pela polícia belga na cidade de Verviers. Porque viajou até ao país belga? Porque “Alá me escolheu” e o motivo era “aterrorizar os cruzados que fazem a guerra contra os muçulmanos”.
E para o que serviu a viagem à Bélgica? Apesar de revelar pouca coisa Abaadoud contou que “conseguimos armas e criámos uma casa segura enquanto planeávamos operações”.
O belga de origem marroquina conta até que foi detido pelas autoridades do país, mas, e apesar de a sua fotografia estar presente em todas as televisões, soltaram-no: “O agente olhou para mim para me comparar com a fotografia, mas deixou-me ir. Nada mais do que um presente de Alá“.
Depois a revista pergunta como é que foi possível ter sido relacionado com os outros dois jihadistas, que foram mortos mais tarde, se não estava em casa. A polícia conta que foram intercetas chamadas alegadamente destes militantes. Mas Abaaoud conta que “depois do ataque à casa segura, deduziram que eu estive com os irmãos e que planeámos operações juntos. Assim, reuniram espiões de todo o mundo, desde a Europa à América, para me deterem. Prenderam muçulmanos na Grécia, França, Espanha e Bélgica para me apanharem. Nenhum estava ligado aos nossos planos!”
O homem conseguiu fugir para a Síria através da Grécia. Mas não oferece muitos detalhes em relação à fuga: “O meu nome estava nas notícias e, no entanto, pude estar na terra deles, planear operações contra eles e partir quando foi necessário.”
20 de novembro de 2015
in observador
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