Em meio ao caos provocado pelo governo de Dilma Rousseff, nem o setor de serviços, que responde por mais de 71% do PIB do lado da oferta, conseguiu se manter de pé. Apesar de o nível de atividade estar se desacelerando desde meados de 2013, tal segmento vinha funcionando como um amortecedor, sobretudo na questão do emprego.
Muitos trabalhadores demitidos pela indústria acabaram sendo absorvidos pelo setor de serviços, o que ajuda a explicar o fato de as taxas de desocupação ficarem tão baixas por tanto tempo, a despeito de a economia estar afundando. Agora, a situação desandou por completo.
ENGANAÇÃO
Os dados do IBGE remetem para as declarações de Dilma de que ela foi surpreendida pela crise que devastou a economia. Nos últimos oito trimestres, em quatro deles, o PIB registrou queda. Em outros dois, o indicador teve variação zero. Na média, a economia registrou contração trimestral de 0,38%, ou seja, não há como a presidente não ter percebido que a política que ela executava, a nova matriz econômica, estava afundando o país e contratando o desemprego, que se tornou o maior fantasma para as famílias.
Esperava-se que, depois de tantos erros, Dilma recuperasse o bom senso. Ledo engano. Até agora, reina a escuridão.
POTENCIAL E LOUCURA
Nos cálculos da Rosenberg Associados, na melhor das hipóteses, o Brasil só voltará a crescer próximo de seu potencial, de 2%, a partir de 2018. Isso, se o governo não cometer mais nenhuma loucura na economia.
Realmente, Dilma entrará para a história como a pior presidente dos últimos 85 anos. Ela fará a proeza de acumular dois anos de queda do PIB. Não por acaso, até o criador dela, Lula, já vê com bons olhos a renúncia da petista.
7 de setembro de 2015
Vicente Nunes
Correio Braziliense
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