CUNHA TIRA CORPO FORA E NÃO QUER IMPEACHMENT COMO DECISÃO SUA
PRESIDENTE DA CÂMARA DIZ QUE DECISÃO SERÁ EXCLUSIVA DO PLENÁRIO
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respondeu nesta quarta-feira, 23, à questão de ordem apresentada pela oposição na semana passada questionando o trâmite de um eventual processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
PRESIDENTE DA CÂMARA DIZ QUE DECISÃO SERÁ EXCLUSIVA DO PLENÁRIO
PRESIDENTE DA CÂMARA DIZ QUE DECISÃO SERÁ EXCLUSIVA DO PLENÁRIO. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO |
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respondeu nesta quarta-feira, 23, à questão de ordem apresentada pela oposição na semana passada questionando o trâmite de um eventual processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
Ele não respondeu, no entanto, uma questão de mérito, adiando assim sua manifestação a respeito da possibilidade de atos praticados no mandato anterior poderem ensejar um pedido de impedimento no governo atual.
"Deixo de receber a primeira questão por não envolver 'dúvida sobre a interpretação do regimento na sua prática exclusiva ou relacionada com a Constituição Federal'", respondeu Cunha. "
"Deixo de receber a primeira questão por não envolver 'dúvida sobre a interpretação do regimento na sua prática exclusiva ou relacionada com a Constituição Federal'", respondeu Cunha. "
A indagação sobre a possibilidade de responsabilização do presidente da República reeleito por atos praticados no curso do primeiro mandato, no exercício das funções presidenciais, não se reduz a uma questão de procedimento ou interpretação de norma regimental.
Trata-se, de fato, do cerne da decisão adotada pelo plenário, a partir do trabalho da comissão especial", diz o presidente na resposta.
A oposição queria pressionar Cunha a tomar uma posição em relação à possibilidade de se usar as chamadas "pedaladas fiscais" para justificar o processo de impeachment.
A oposição queria pressionar Cunha a tomar uma posição em relação à possibilidade de se usar as chamadas "pedaladas fiscais" para justificar o processo de impeachment.
A manobra de atrasar a transferência de recursos do Tesouro Nacional para a Caixa realizar o pagamento de benefícios sociais é um dos pilares de sustentação do pedido de impedimento apresentado a Cunha na última quinta-feira pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
O jornal o Estado de S. Paulo já havia informado na terça-feira, 22, que Cunha não se manifestaria sobre esta questão. O peemedebista havia dito entender que uma "tese" não poderia ser tratada na questão de ordem. "Isso é mérito de decisão. Responder a isso significa responder antecipadamente ao pedido", disse Cunha no início da semana.
Até o final do mês, oposicionistas esperam que Cunha se manifeste sobre o pedido de impeachment de Bicudo, fundador do PT, e Reale Júnior, ex-ministro de Fernando Henrique Cardozo.
O mais provável, dizem aliados de Cunha e defensores do impeachment, é que o presidente da Câmara rejeite o pedido para não se envolver diretamente com a abertura de um processo de impedimento, o que aumentaria ainda mais seu desgaste com o Planalto.
Diante do indeferimento, oposicionistas apresentariam um recurso ao plenário. Para aprová-lo, basta ter maioria simples, ou seja, 50% mais um dos presentes. Caso obtenham sucesso, Cunha é obrigado a criar uma comissão especial, de onde sairá um parecer que será votado em plenário.
A aprovação do parecer exige dois terços de votos favoráveis, o que significa 342 deputados votando a favor da abertura do processo de impeachment.
O jornal o Estado de S. Paulo já havia informado na terça-feira, 22, que Cunha não se manifestaria sobre esta questão. O peemedebista havia dito entender que uma "tese" não poderia ser tratada na questão de ordem. "Isso é mérito de decisão. Responder a isso significa responder antecipadamente ao pedido", disse Cunha no início da semana.
Até o final do mês, oposicionistas esperam que Cunha se manifeste sobre o pedido de impeachment de Bicudo, fundador do PT, e Reale Júnior, ex-ministro de Fernando Henrique Cardozo.
O mais provável, dizem aliados de Cunha e defensores do impeachment, é que o presidente da Câmara rejeite o pedido para não se envolver diretamente com a abertura de um processo de impedimento, o que aumentaria ainda mais seu desgaste com o Planalto.
Diante do indeferimento, oposicionistas apresentariam um recurso ao plenário. Para aprová-lo, basta ter maioria simples, ou seja, 50% mais um dos presentes. Caso obtenham sucesso, Cunha é obrigado a criar uma comissão especial, de onde sairá um parecer que será votado em plenário.
A aprovação do parecer exige dois terços de votos favoráveis, o que significa 342 deputados votando a favor da abertura do processo de impeachment.
Aberto o processo pela Câmara, o presidente da República é afastado e o processo vai ao Senado.
O julgamento é presidido pelo comandante do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante o período de afastamento, a Presidência é assumida interinamente pelo vice-presidente. (AE)
23 de setembro de 2015
diário do poder
23 de setembro de 2015
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