"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

COMO DIZ O FINANCIAL TIMES: O SOFRIMENTO ESTÁ SÓ COMEÇANDO



Corretíssima a avaliação sucinta do Financial Times. Diante de tanta coisa negativa que se pode enxergar, sobressalta um dado positivo, que é o fato de os Estados Unidos não terem conseguido ampliar sua própria inflação de algo em torno de 1,5% ao ano. para algo entre 2,0% e 3,0%.
Portanto, será difícil este ano e provavelmente em 2016 que o FED (Banco Central americano) comece a praticar a elevação de juros por lá.
Isso traz um pouco mais de conforto para nós, na medida em que, permite ao nosso Banco Central estacionar a nossa taxa básica de juros (Selic) no patamar atual e esperar que a inflação comece a recuar, dando-nos esperanças da possibilidade da queda de juros já no final de 2016 ou início de 2017. O que será essencial para a retomada dos investimentos – principalmente privados -, necessários para a retomada, também, do crescimento econômico.
CÂMBIO ADEQUADO
Isso porque, se o FED resolve aumentar a sua própria taxa básica de juros, aqui no Brasil, forçosamente, seremos obrigados a, também, aumentar a nossa taxa básica, em busca da permanência de um fluxo positivo de dólares em relação ao nosso país, de modo a proteger as nossas reservas e evitar uma desvalorização cambial mais profunda.
Neste momento, entretanto, acho salutar que o câmbio se desvalorize um pouco mais, indo em direção aos R$4,0 por dólar, de modo a aumentar indiretamente a nossa produtividade e estimular, ainda mais, as nossas exportações. Uma justa compensação à nossa indústria que está se desfazendo frente à concorrência externa e a deterioração da demanda interna.
CORTAR OS CUSTOS
É preciso ter em mente que enquanto o governo não começar a cortar os gastos correntes na profundidade exigida para um ajuste fiscal, o Brasil estará na berlinda da recessão, empurrando para a frente a possibilidade de adoção de uma política monetária que permita novo ciclo de crescimento econômico.
Portanto, como o governo não está se mostrando capaz de executar o saneamento das contas públicas de modo a produzir equilíbrio o necessário equilíbrio fiscal, o Banco Central vai mantendo os juros em duas casas decimais para enxugar o excesso de liquidez (excesso de dinheiro em circulação) decorrente do desequilíbrio fiscal, isto é, do excesso de gastos governamentais.
GASTOS CORRENTES
Estamos todos pagando por esse desajuste nas contas públicas promovido por Dilma e seu ministro mendaz – o Guido Mantega.
A questão é: até quando Dilma vai continuar empurrando para frente a necessidade de corte de gastos correntes (de manutenção da máquina estatal)? O processo eleitoral já acabou e a necessidade de enganar a população com pedaladas fiscais, represar os preços públicos e dizer muita mentira paga publicitariamente já não tem efeito. O real descarrilamento do trem econômico está em processo e vai piorar substancialmente até 2018!
Como o FT disse: “nosso sofrimento está apenas no começo”.

16 de setembro de 2015
Wagner Pires

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