"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 19 de março de 2015

LULA TAMBÉM LANÇOU UM PACOTE ANTICORRUPÇÃO


Não podemos esquecer o método de sempre...




No dia 6 de junho de 2005, a Folha chegava às bancas com uma entrevista-bomba de Roberto Jefferson e o Brasil ouvia, pela primeira vez, a palavra "mensalão". A entrevista foi dada para a jornalista Renata Lo Prete, ex-editora da coluna Painel e hoje na GloboNews.

O país ficou de cabeça para baixo e 15 dias depois, em 21 de junho, José Dirceu deixava o cargo de Ministro da Casa Civil. Ele era, de fato, um primeiro-ministro improvisado e continuou mandando no PT e no Brasil ainda por muitos anos. Em seu lugar entrava Dilma Rousseff, também ministra e presidente do conselho de administração da Petrobras. Pois é.

Qual foi a resposta de Lula aos escândalos? Em 1 de junho, menos de um mês depois da publicação da entrevista na Folha, os jornais divulgavam o evento de lançamento do seu "pacote anti-corrupção" ao lado da nova ministra. O PT "não inventou a corrupção, ela tem 500 anos", eles diziam, "é o PT que está investigando agora e por isso os casos estão aparecendo".

O que fez Dilma hoje, 10 anos depois? Requentou a mesma marquetagem de Lula confiando na subserviência da imprensa, da oposição e na memória curta do brasileiro. Foram 10 anos e a roubalheira só aumentou, culminando com o Petrolão, um escândalo de fazer o mensalão parecer brincadeira de criança.

Aécio Neves, em mais um ato que fez tremer o chão de Brasília, chamou hoje o pacote de "paliativo" e ainda pediu a "ajuda" do PT para implementar novas medidas que seu partido pretende apresentar. Já dá para imaginar o cartaz que ele vai segurar de trás da janela de casa na próxima manifestação: "chega de paliativos!". O PT não vai dormir essa noite.

O PT é o PT, não vai mudar. Quando é pego com a mão na cumbuca, primeiro nega, depois coloca a culpa na imprensa e nas elites, e no final demite dois ou três e lança leis "anti-corrupção" enquanto compra corações e mentes com dinheiro público. O mundo gira e tudo volta ao normal até o próximo escândalo quando começa tudo de novo.

Quem vai dar um basta nisso? Quem vai tirar essa quadrilha definitivamente do poder para sempre? Quem vai mostrar ao povo brasileiro que é preciso não só mudar nomes mas também o próprio conceito do papel do estado na economia e na vida das pessoas? Estamos de olho.

Por Alexandre Borges - Diretor do Instituto Liberal, autor contratado da Ed. Record, articulista do Reaçonaria, Mídia Sem Máscara, jornal Gazeta do Povo, entre outros.

19 de março de 2015
Alexandre Borges

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