"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 19 de março de 2015

A EDUCAÇÃO DIANTE DOS PROBLEMAS SOCIAIS DA CONTEMPORANEIDADE




Em junho do ano passado foi instituído o Plano Nacional de Educação (PNE) através da lei n.º 13.005, que terá vigência por dez anos e que tem como uma das diretrizes a universalização do atendimento escolar, ou seja, educação para todos. Educação é uma palavra ampla com vários significativos; porém, limito-me a utilizá-la somente no sentido do ato de educar.

Percebe-se que nos dias atuais, os problemas no âmbito econômico, político e de legislações têm interferido nas diversas formas de passar o conhecimento pelos agentes de educação aos alunos nos espaços pedagógicos. É fato que esses agentes sentem dificuldades de entendimento de situações adversas na educação e a pergunta é: como fazer para aproximar o conhecimento sobre esta realidade?

Neste caso, considera-se como importante e correto, para o desenvolvimento das capacidades, a aproximação de todos para discutir e buscar soluções aos conflitos gerados no processo educacional com respeito aos preceitos da ética e da moral, sem distanciar-se da essência descrita nos quatro pilares da educação, por Jacques Delours, no relatório para a Unesco na Comissão Internacional sobre a educação para o século 21: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser.

As novas diretrizes educacionais previstas no Plano Nacional de Educação (PNE) contribuem para uma educação de qualidade quando relata a inclusão. A participação de toda a comunidade escolar e da sociedade em geral nas discussões sobre educação têm contribuído significativamente para amenizar os problemas de acesso à educação; porém, há uma dicotomia na definição de inclusão, pois não é possível aplicar cidadania se existir o preconceito.

No artigo XXVI da declaração universal dos direitos humanos de 1948 afirma-se a importância do pensar e define que “toda pessoa tem direito à instrução (...) será gratuita pelo menos nos graus elementares e fundamentais” e nem por isso deverá ser aplicada de qualquer modo ou com algum tipo de privilégio e/ou segregação. A educação tem que ser pensada por todos e deve seguir ações básicas da administração como: ser organizada, ser planejada, ser executada e ser acompanhada.

Os problemas sociais seguem como uma barreira a ser vencida e, este desafio é urgente, pois ataca áreas da vida humana como: sociocultural, étnico-racial, família, física, religiosa, sexualidade, e outras. A solução define-se no ato de pensar e criar condições de inclusão no processo educacional.

Contudo é preciso aprender e aceitar que a dinâmica das mudanças neste mundo globalizado faz com que tenhamos necessidade de praticar a resiliência e passar a entender um ao outro a cada dia. A boa notícia é que temos alguns aliados para vencermos os obstáculos da educação: as novas tecnologias, os novos programas de gestão educacional, os novos métodos educacionais e também as novas leis.

É saudável para o bom aprendizado que os agentes da educação utilizem-se de experiências de vida, de aprendizados que eles obtiveram desde os tempos mais remotos de sua formação como pessoa e coloquem esse conhecimento à disposição dos educandos. De acordo com o físico Albert Einstein “a imaginação é mais poderosa que o conhecimento”; por isso é preciso ter um olhar diferente para a educação no dia-a-dia. O uso da criatividade em sala de aula representa o encontro da ciência e da arte e assim formamos pessoas mais críticas com capacidade de elaborarem novos conceitos e colocá-los em prática sempre que necessário.

Pode-se afirmar que a escola é a organização do trabalho do docente. A sala de aula e todos os espaços físicos fazem parte deste sistema escolar. Nestes espaços pode ocorrer a imprevisibilidade, ou seja, algo que não estava previsto no planejamento do docente e neste caso o uso da criatividade favorecerá o bom andamento das práticas pedagógicas. Para isso é necessário que os agentes da educação tenham a prática da reflexão crítica e que deixem fluir sua imaginação.

Por fim, ressalto que a educação exige de todos o “querer bem” do educando e querer bem significa paixão por educar.

19 de março de 2015
Elder Ferrari é Professor e Diretor da Faculdade Anhanguera de Cascavel.

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