Caríssimos correspondentes: Após ler o competente e contundente artigo de minha dileta amiga, Professora e Dra. Aileda de Mattos Oliveira, de título "Não Representaram!", que repassei para todos, atrevi-me a escrevinhar algumas linhas acerca da vexatória omissão das FFAA em relação ao maldito relatório da também maldita CNV, de 10 de dezembro de 2014. Tudo em complementação a uma matéria que elaborei, intitulada de "Rumo à Tropa!" "Rumo ao Mar!", a qual também enviei aos de minha lista.
O Almirante Flores foi quem observou e denunciou uma incoerência no relatório antes mencionado, que, reflexivamente, incrimina a presidente e o ex-presidente da República. O documento, comemorado com emoção - até com lágrimas, pela ex-subversiva que nos governa -, em sua revanchista e perversa nominata relaciona os presidentes da República do período militar e os seus ministros, como também responsáveis "por torturas e maus tratos a prisioneiros", etc, avalizando a tese jurídica do "domínio do fato".
Ora, se assim procederam os "malditos-sejam", "doutos e sapientes" membros da Comissão, escolhidos a dedo pela presidente, de duas uma: ou eles concordam com a citada tese e, "ipso facto", têm de aceitar a "realidade" de que os dois últimos governantes são, outrossim, responsáveis pelas falcatruas do "mensalão", do "petrolão" e outras (como insinua a mensagem, abaixo, que circula na rede), ou não se aperceberam, ingenuamente, das consequências dos termos do unilateral relatório, o que vem causando (Hosanas!) muitos risos àqueles que, como nós, se revoltaram com o mesmo.
Mas, desgraçadamente, os comandantes das Forças não emitiram uma simples Nota (firme e sem bravatas, claro) em repulsa ao ultraje perpetrado contra as FFAA, o maior e mais ofensivo dos últimos tempos, indubitavelmente.
Não quiseram usar dos preceitos constitucionais (e que são cláusulas pétreas!) da liberdade de expressão, vedado o anonimato, do direito de resposta e do instituto jurídico da legítima defesa (da Honra, no caso) - aceito por todos os tipos e ramos do Direito.
Preferiram a linha de ação do Silêncio, omisso e covarde.
Mas, desgraçadamente, os comandantes das Forças não emitiram uma simples Nota (firme e sem bravatas, claro) em repulsa ao ultraje perpetrado contra as FFAA, o maior e mais ofensivo dos últimos tempos, indubitavelmente.
Não quiseram usar dos preceitos constitucionais (e que são cláusulas pétreas!) da liberdade de expressão, vedado o anonimato, do direito de resposta e do instituto jurídico da legítima defesa (da Honra, no caso) - aceito por todos os tipos e ramos do Direito.
Preferiram a linha de ação do Silêncio, omisso e covarde.
Encastelaram-se em torres de marfim ou se puseram sobre pedestais, de forma estranha, soberba, acima do bem e do mal, para apenas dizer o mínimo, como se o Brasil fosse um país escandinavo.
Esqueceram-se do brocardo de "quem cala consente"; e, como experimentados militares, sabiam muito bem que "a melhor defesa é o ataque".
Esqueceram-se do brocardo de "quem cala consente"; e, como experimentados militares, sabiam muito bem que "a melhor defesa é o ataque".
Deveriam ter sido corporativos, desprezado o "politicamente correto" e o sabor da época, eis que o espírito de corpo, a união e, mais do que isso, a coesão, além da liderança (não a que dizem alhures, da Instituição, e sim a pessoal, de seus chefes e comandantes, pelo que Carlyle deve estar se revirando em sua tumba...) de uma Força Armada, em qualquer parte do mundo, são valores indeléveis a serem preservados, a qualquer custo, de forma desassombrada, viril. Assim, perderam a oportunidade de cruzar os umbrais de nossa História Militar com os LAURÉIS da glória e o farão com os LABÉUS do descrédito e da desmoralização. Tudo muito triste.
Nós, militares, não podemos abjurar daquilo que nos foi transmitido por várias gerações de ínclitos Soldados que nos antecederam. Até parece que o espirito dos nefastos positivistas de antanho, que romperam com o passado glorioso, baixou em vários de nossos companheiros que aceitam com naturalidade a atmosfera do momento atual e se travestem de filósofos, esquecendo-se de que são, antes de mais nada, Soldados, feitos para a Guerra.
A propósito, o notável marechal Helmuth Moltke, vencedor da batalha de Sedan, em 1870, e da guerra franco-prussiana, rebatia, revoltado, as acerbas críticas que lhe eram desferidas, por parte de alguns que condenavam o seu "espírito guerreiro", afirmando:
"Detesto os soldados que querem ser filósofos e os filósofos que querem ser soldados".
"Detesto os soldados que querem ser filósofos e os filósofos que querem ser soldados".
Por derradeiro, lembro dos versos da bela Canção Militar, "Fibra de Heróis", que diz:
"A afronta se lava com fibra de heróis, de Gente brava!".
"A afronta se lava com fibra de heróis, de Gente brava!".
Rabelais, o grande escritor da Renascença e da Ilustração Francesa, afirmava:
"Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam".
"Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam".
BRASIL ACIMA DE TUDO!
"Ex toto corde", o mais amigo dos abraços do Soriano.
14 de janeiro de 2014
Manoel Soriano Neto é Coronel reformado do EB, Historiador Militar e Advogado.
Manoel Soriano Neto é Coronel reformado do EB, Historiador Militar e Advogado.
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