"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

EU SOU INCONFIDÊNCIA!



Provavelmente, o estimado leitor não verá este artigo nas páginas das publicações onde esperava encontrá-lo, fulminado que, quase certamente, será pela mais lamentável de todas as censuras – a autocensura.
Felizmente, ainda há veículos de comunicação corajosos e independentes que o acolherão.

Acabamos se assistir, emocionado, como todos, à extraordinária manifestação de repúdio ao terrorismo realizada em Paris.

Tornou-se impossível deixar de fazer algumas comparações entre o que acontece na França e o que ocorre aqui, no Brasil.

Lá, 48 horas depois dos dois atentados, os bandidos já haviam sido identificados e, depois de uma perseguição irretocável, mortos pela polícia. Aqui, meses depois, as investigações policiais ainda estariam sendo dificultadas pela secretaria de direitos humanos, pela OAB e por outras entidades de caráter semelhante.

Lá, os Agentes da Lei foram aplaudidos pela população e louvados pelo Presidente, pelo 1º Ministro e por outras Autoridades importantes. Aqui, a população teria medo de aplaudi-los e, em situação igual, seriam execrados pela presidente da república, pela secretária de diretos humanos e por um sem-número de outras autoridades irrelevantes. Finalmente, seriam denunciados pelo assassinato de cidadãos que (onde estão as provas?!) estavam simplesmente lutando contra as elites opressoras.

Lá, os Militares são cultuados, e o General Charles de Gaulle, venerado, por terem salvado a França do nazismo. Aqui, os Militares sofrem todo tipo de constrangimentos ilegais, injúrias, difamações e calúnias, porque salvaram o Brasil do comunismo e, principalmente, para que não possam voltar a fazê-lo, quando isso se tornar necessário, uma vez mais. Já o General Castello Branco, juntamente com vários outros heróis da Pátria, foi acusado de ser torturador, por uma comissão de desqualificados, que se diz da verdade.

Lá, a marcha foi tranquila do princípio ao fim. Aqui, os “black blocs”, a serviço do governo, teriam afugentado os participantes, garantindo aos militantes de esquerda o monopólio das manifestações.

Lá, compareceram à Marcha pela Liberdade Presidentes de vários países, sinceramente solidários com os franceses. Aqui, diante da repercussão desastrosa da expressão de sua boa vontade para com estado islâmico, a presidente, optou por camuflar a simpatia manifesta pelos terroristas de toda ordem, para “condenar” os atentados e fazer-se representar pelo Embaixador do Brasil na França.

Lá, todos choraram pelos mortos nos atentados. Aqui, a presidente verteu lágrimas de “crocodila” pelos terroristas de esquerda morto há cerca de 40 anos, em confronto com o Estado brasileiro. Seria mais honesto, se tivesse pranteado a morte das vítimas do terrorismo de então, principalmente as praticadas pelas organizações terroristas a que ela pertenceu.

Lá, os terroristas estão mortos, presos, ou escondidos na clandestinidade e perseguidos pela polícia. Aqui, estão vivos, soltos, empossados na presidência da república, nos ministérios, no poder judiciário, no congresso nacional, enfim, em quase todas as instituições, sob a proteção de um Estado divorciado da Nação e desvirtuado, para servir à ideologia de um partido sectário e totalitarista.

Lá, a frase “Je suis Charlie”, de Joachim Roncin, tornou-se o símbolo da luta contra o terrorismo e pela liberdade. Aqui, manifestaremos nossa solidariedade aos povos francês e brasileiro – ambos, vítimas de terroristas, embora com visões tão diferentes sobre como enfrentar a ameaça – também com um símbolo, uma pequena frase, um alerta simples:

Eu sou Inconfidência!

14 de janeiro de 2015
Luiz Mauro Ferreira Gomes é Coronel-Aviador, Presidente da Academia Brasileira de Defesa e Vice Presidente do Clube de Aeronáutica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário