O colunista do site de Veja, Leandro Narloch, dia desses postou uma matéria em sua coluna que me fez voltar no tempo, intitulada “A falta que nos faz a Alca”. Os mais jovens provavelmente nunca ouviram falar na Alca, a Área de Livre Comércio das Américas que integraria Estados Unidos, Canadá e demais países centro-americanos e sul americanos. Se tivesse vingado, a história seria outra.
Transcrevo primeiro o texto de Leandro Narloch e, em seguida comento. Ah, também ficará esclarecida a razão pela qual ilustra este post uma garrafa de cachaça. Leiam o que diz Narloch e em seguida o meu comentário.
Lembra da Alca, a Área de Livre Comércio das Américas?
Passei toda minha faculdade de jornalismo, no comecinho dos anos 2000, ouvindo discursos histéricos contra a Alca. Meus professores diziam que iríamos empobrecer ainda mais, que não haveria mais empregos no Brasil, que participar da Alca resultaria na submissão final do Brasil aos americanos. “A Alca não é uma proposta de integração, é uma política de anexação”, disse Lula em 2002.
Pois bem, não entramos na Alca. Mas o México entrou – assinou e manteve um acordo de livre comércio com os EUA e o Canadá, o Nafta. E agora que a economia dos Estados Unidos se recupera os mexicanos se dão muito bem.
O aumento do consumo dos americanos aquece fábricas, motiva investimentos e cria de empregos no México. Em 2015, o PIB mexicano deve crescer 3,7%.
O aumento do consumo dos americanos aquece fábricas, motiva investimentos e cria de empregos no México. Em 2015, o PIB mexicano deve crescer 3,7%.
Um empurrão dos Estados Unidos era tudo o que o Brasil precisava neste momento, quando a criação de vagas é a menor desde 2002, a economia da Europa custa a engrenar e a da China perde velocidade.
Quem for demitido ou não encontrar emprego nas próximas semanas não deve reclamar dos patrões, como fizeram operários do ABC há algumas semanas. Devem pedir explicações ao Lula – e a gente como os meus professores, que tanto reproduziram o mito da Alca como instrumento de dominação do império.
EU VI TUDO DE PERTO...
MEU COMENTÁRIO: Por razões profissionais, na época em que foi tentada a criação da ALCA dirigia a área de comunicação da Federação das Indústrias de Santa Catarina - FIESC.
Coincidentemente o presidente da Fiesc era o empresário Osvaldo Moreira Douat que também presidia o Conselho Internacional da Confederação Nacional da Indústria - CNI. Como seu assessor acabei participando de diversas reuniões nacionais e internacionais destinadas a tornar realidade a ALCA, incluindo um grande evento em San José, na Costa Rica, em 1998.
Infelizmente, como bem nota o colunista Leandro Narloch, a ALCA foi golpeada de morte no seu nascedouro. Entre seus assassinos, como não poderia deixar de ser, estão Lula seus sequazes, leia-se: Foro de São Paulo, a organização comunista fundada pelo próprio Lula em 1990 por ordem de Fidel Castro que nessa época ainda estava vivo.
Poucos sabiam da existência do Foro de São Paulo. Eu particularmente, sequer imaginava e acredito que além de Olavo de Carvalho ninguém mais sabia da existência dessa organização que anos depois avançaria sobre todo o continente latino-americano. A internet na América Latina ainda era incipiente, tanto é que tive que me valer do velho Fax na Costa Rica para remeter matérias para o Brasil.
Mas antes do evento da Costa Rica, houve também uma grande reunião internacional da ALCA em Belo Horizonte em 1997, e por razões profissionais eu estava lá. Dado ao fato da importância e da complexidade do evento escalei o excelente jornalista Ricardo Garcia (hoje em dia vive em Brasília) , que integrava minha equipe na FIESC para me ajudar nos trabalhos.
Lembro-me que desembarcamos em Belo Horizonte no final da manhã de domingo. Escolhemos um hotel estrategicamente próximo à sede do evento que iniciava no dia seguinte, segunda-feira pela manhã. Aliás um hotel sem luxo, porém novo e de excelente qualidade, mas jamais imaginaria que ali estivessem também hospedados os chefões do PT, dentre eles, claro, Lula, que por ironia do destino três anos depois seria eleito presidente do Brasil.
Na segunda-feira, após os trabalhos da manhã decidimos retornar ao hotel para almoçar e descansar um pouco antes de retornar ao evento. Escolhemos uma mesa e enquanto compulsávamos o cardápio vi que uma mesa mais à frente estava sendo ocupada por Lula, Zé Dirceu, Genoíno e mais outro petista que não me recordo o nome.
Vi que conversaram com o garçon que imediatamente retornou trazendo numa bandeja a cachaça Havana, que custa atualmente uns R$ 700,00 a garrafa e só é encontrada em finas delicatesses.
Enquanto o garçon derramava a água louca nos cálices, Lula, todo empertigado acendeu um charuto.
Nessa época, vejam só, ninguém se opunha que alguém fumasse cigarros de tabaco num restaurante. Quando vi a cena fiquei surpreso. Ué? Esse Lula não anda chorando miséria por aí? Não é um operário? Que diabos está acontecendo, pensei.
Evidentemente fui entender tudo anos depois, mormente quando estourou o escândalo do mensalão. Lula e seus sequazes tinham transformado aquele hotel em que me hospedara num “aparelho” do PT". Eles estavam ali como articuladores do Foro de São Paulo para impedir que a ALCA se transformasse em realidade. Infelizmente conseguiram.
O movimento comunista internacional montara um poderoso aparato que já contava com os préstimos dos jornalistas infiltrados nas redações dos jornais e televisões; contavam com os professores das universidades, conforme alude Narloch no seu texto.
Os cursos de jornalismo foram criados com esse objetivo, ou seja, a promoção da lavagem cerebral dos estudantes transformando-os em militantes da causa comunista. E isto persiste até hoje!
O movimento comunista internacional montara um poderoso aparato que já contava com os préstimos dos jornalistas infiltrados nas redações dos jornais e televisões; contavam com os professores das universidades, conforme alude Narloch no seu texto.
Os cursos de jornalismo foram criados com esse objetivo, ou seja, a promoção da lavagem cerebral dos estudantes transformando-os em militantes da causa comunista. E isto persiste até hoje!
Todos engravatados, Lula na cabeceira comandando. Os petralhas estavam ali ao meu lado, no restaurante, comemorando antecipadamente a destruição da ALCA no seu nascedouro. O “socialismo do século XXI”, dava um passo decisivo para tomar todo o continente latino-americano, como de fato ocorreu nos anos seguintes.
De soslaio via Lula inebriado, deitando falação entre goles de cachaça e baforadas de fumaça extraídas do encorpado charuto, quem sabe um mimo que recebera de Fidel Castro em uma daquelas reuniões em Havana, na 'Casa de Protoloco', destinadas a impedir a libertação da América Latina do jugo comunista.
Os vagabundos conseguiram. A morte da ALCA no seu nascedouro deixou o caminho livre para que esse bando de psicopatas chegasse ao poder.
Os vagabundos conseguiram. A morte da ALCA no seu nascedouro deixou o caminho livre para que esse bando de psicopatas chegasse ao poder.
O resultado está aí. Na Venezuela o tiranete Nicolás Maduro já baixou uma lei destinada a liberar o uso pelas as forças armadas e as polícias de armas letais para serem usadas contra eventuais manifestantes.
Todos têm de obedecer quietos nas filas dos supermercados em busca de alimentos; têm de conviver com o espectro da fome calados. Como acontece em Cuba há mais de meio século!
No Brasil, o antepasto do que vem por aí é o petrolão. Mas esta é outra história que só está no começo...
31 de janeiro de 2015
in aluizio amorim
31 de janeiro de 2015
in aluizio amorim
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