Quais são os 62 políticos corruptos já entregues pelo ex-diretor da Petrobras?
Reportagem de Mario Cesar Carvalho, na Folha, revela que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em depoimentos de sua delação premiada, já entregou o nome de 12 senadores, 49 deputados federais e um governador. Os envolvidos seriam de três partidos, ainda de acordo com a apuração da reportagem: PT, PMDB e PP.
Reportagem de Mario Cesar Carvalho, na Folha, revela que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, em depoimentos de sua delação premiada, já entregou o nome de 12 senadores, 49 deputados federais e um governador. Os envolvidos seriam de três partidos, ainda de acordo com a apuração da reportagem: PT, PMDB e PP.
Na cela em que está preso na Polícia Federal em Curitiba (PR), Costa dizia que não haveria eleições neste ano se ele revelasse tudo o que sabe. Mas acontece que a Polícia Federal está mantendo sigilo absoluto sobre o assunto e as eleições não serão afetadas. É o caminho certo. Somente depois de coligidas as provas é que as prisões poderão ser feitas e os processos iniciados etc. e tal.
Segundo a Folha, os políticos receberiam 3% do valor dos contratos da Petrobras na época em que Costa era diretor de distribuição da estatal, entre 2004 e 2012. Mas as informações a respeito ainda são muito desencontradas. Há reportagens que incluem outros partidos e até um ministro, como diz a Veja.
VEJA CITA VÁRIOS NOMES
Como se sabe, delação premiada ou colaboração com a Justiça é a figura jurídica que prevê a redução de pena quando um réu fornece informações que possam esclarecer outros crimes. O depoimento (ou depoimentos, não se sabe ao certo) já foi enviado pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal para que o ministro Teori Zavascki homologue o acordo.
A reportagem da Folha lembra que Costa decidiu fazer uma delação premiada no último dia 22, depois que a Polícia Federal fez buscas em empresas de suas filhas, de seus genros e de um amigo dele, todas no Rio de Janeiro. Em uma das empresas, a Polícia Federal encontrou indícios de que Costa tem mais contas no exterior.
Primeiramente, o ex-diretor havia negado à polícia que tinha recursos no exterior. Mas em junho a Suíça comunicou às autoridades brasileiras que Costa e seus familiares tinham US$ 23 milhões em contas secretas naquele país.
E a existência dessas contas na Suíça acabou sendo o motivo encontrado pelo juiz federal Sergio Moro para decretar a prisão de Costa pela segunda vez, em 11 de junho, porque ele havia sido libertado pelo ministro Teori Zavascki, que à época considerou a prisão abusiva.
Costa pediu a delação premiada porque estava em pânico também com a perspectiva de ser condenado a 30 anos de prisão, pena máxima no Brasil. Agora, quem está em pânico são os políticos que participaram dessa Farra do Boi em versão petrolífera.
Segundo a Folha, os políticos receberiam 3% do valor dos contratos da Petrobras na época em que Costa era diretor de distribuição da estatal, entre 2004 e 2012. Mas as informações a respeito ainda são muito desencontradas. Há reportagens que incluem outros partidos e até um ministro, como diz a Veja.
VEJA CITA VÁRIOS NOMES
Segundo a Veja, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa listou o ministro Edison Lobão, os líderes do Congresso e até o ex-governador Eduardo Campos entre os políticos envolvidos com esquema de corrupção na Petrobras.
No documento obtido pela “Veja”, Paulo Roberto Costa cita pelo menos 25 deputados federais, 6 senadores, 3 governadores, um ministro de Estado e pelo menos três partidos políticos (PT, PMDB e PP), que teriam tirado proveito de parte do dinheiro desviado dos cofres da Petrobras.
Contudo, papéis obtidos pela Folha mostram que a lista de políticos tem no total 12 senadores e 49 deputados federais. O jornal não teve acesso ao documento que cita os nomes dos parlamentares.
Diz a Veja que entre os envolvidos estão o ministro Lobão (Minas e Energia), o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Romero Jucá (PMDB-RR) e os deputados Cândido Vaccarezza (SP), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP).
Entre os governadores, o ex-diretor cita o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto no dia 13 de agosto em um acidente aéreo em Santos (SP).
INVESTIGAÇÃO
Segundo a Folha, a escolha dos contratos superfaturados e do caminho pelo qual a propina chega aos partidos têm uma razão prática: são esses pontos sobre os quais os procuradores têm menos provas para usar nas ações penais. Um exemplo dos indícios de que Costa cuidava da distribuição de recursos a partidos: a Polícia Federal apreendeu uma caderneta do ex-diretor da Petrobras com anotações de doação de R$ 28,5 milhões em 2010 para o PP.
Os procuradores dizem nas ações que os recursos saíram de contratos superfaturados da Petrobras, principalmente na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual Costa era um dos responsáveis. A obra já consumiu US$ 18,5 bilhões (R$ 42,2 bilhões).
DELAÇÃO PREMIADANo documento obtido pela “Veja”, Paulo Roberto Costa cita pelo menos 25 deputados federais, 6 senadores, 3 governadores, um ministro de Estado e pelo menos três partidos políticos (PT, PMDB e PP), que teriam tirado proveito de parte do dinheiro desviado dos cofres da Petrobras.
Contudo, papéis obtidos pela Folha mostram que a lista de políticos tem no total 12 senadores e 49 deputados federais. O jornal não teve acesso ao documento que cita os nomes dos parlamentares.
Diz a Veja que entre os envolvidos estão o ministro Lobão (Minas e Energia), o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Romero Jucá (PMDB-RR) e os deputados Cândido Vaccarezza (SP), João Pizzolatti (PP-SC) e Mário Negromonte (PP).
Entre os governadores, o ex-diretor cita o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto no dia 13 de agosto em um acidente aéreo em Santos (SP).
INVESTIGAÇÃO
Segundo a Folha, a escolha dos contratos superfaturados e do caminho pelo qual a propina chega aos partidos têm uma razão prática: são esses pontos sobre os quais os procuradores têm menos provas para usar nas ações penais. Um exemplo dos indícios de que Costa cuidava da distribuição de recursos a partidos: a Polícia Federal apreendeu uma caderneta do ex-diretor da Petrobras com anotações de doação de R$ 28,5 milhões em 2010 para o PP.
Os procuradores dizem nas ações que os recursos saíram de contratos superfaturados da Petrobras, principalmente na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual Costa era um dos responsáveis. A obra já consumiu US$ 18,5 bilhões (R$ 42,2 bilhões).
Como se sabe, delação premiada ou colaboração com a Justiça é a figura jurídica que prevê a redução de pena quando um réu fornece informações que possam esclarecer outros crimes. O depoimento (ou depoimentos, não se sabe ao certo) já foi enviado pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal para que o ministro Teori Zavascki homologue o acordo.
A reportagem da Folha lembra que Costa decidiu fazer uma delação premiada no último dia 22, depois que a Polícia Federal fez buscas em empresas de suas filhas, de seus genros e de um amigo dele, todas no Rio de Janeiro. Em uma das empresas, a Polícia Federal encontrou indícios de que Costa tem mais contas no exterior.
Primeiramente, o ex-diretor havia negado à polícia que tinha recursos no exterior. Mas em junho a Suíça comunicou às autoridades brasileiras que Costa e seus familiares tinham US$ 23 milhões em contas secretas naquele país.
E a existência dessas contas na Suíça acabou sendo o motivo encontrado pelo juiz federal Sergio Moro para decretar a prisão de Costa pela segunda vez, em 11 de junho, porque ele havia sido libertado pelo ministro Teori Zavascki, que à época considerou a prisão abusiva.
Costa pediu a delação premiada porque estava em pânico também com a perspectiva de ser condenado a 30 anos de prisão, pena máxima no Brasil. Agora, quem está em pânico são os políticos que participaram dessa Farra do Boi em versão petrolífera.
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