Conforme já expliquei, sou contrário a pesquisas eleitorais, por dois motivos: primeiro, devido à possibilidade de manipulações; e segundo, porque sempre conduzem a uma polarização entre dois candidatos. Se não houvesse pesquisas nesta eleição, por exemplo, ninguém saberia quem estava na frente.
Assim, os que pretendessem votar em Eduardo Jorge (PV), por exemplo, não deixaria de fazê-lo por julgar que ele não teria chance. Não haveria a teoria do voto útil ou teoria do não-desperdício do voto), no primeiro turno cada eleitor votaria em seu candidato preferido.
Assim, os que pretendessem votar em Eduardo Jorge (PV), por exemplo, não deixaria de fazê-lo por julgar que ele não teria chance. Não haveria a teoria do voto útil ou teoria do não-desperdício do voto), no primeiro turno cada eleitor votaria em seu candidato preferido.
Mas o fato é que as pesquisas existem e conduzem à polarização, que era entre Dila e Aécio e passou a ser entre Marina e Dilma. E como não se pode desprezar as pesquisas, vamos analisá-las ao contrário, de cabeça para baixo (ou de ponta-cabeça, como dizem em outros estados).
Muitas vezes, o importante não é apenas a aceitação dos candidatos. Há situações em que a eleição pode ser resolvida ao contrário, pela rejeição aos candidatos. Aqui na Tribuna da Internet, nosso amigo Carlos Chagas já chamou atenção para esse curioso fenômeno, e ele tem toda razão.
REJEIÇÕES EM QUEDA
Vamos então conferir as duas pesquisas mais recentes:
O levantamento do Ibope, encomendado pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo, divulgado dia 3, quarta-feira, mostrou uma queda na taxa de rejeição da candidata Dilma Rousseff (PT) de 36% para 31% da semana passada para cá.
A taxa de rejeição da candidata Marina Silva (PSB) oscilou de 10% para 12% no mesmo período. A rejeição ao candidato Aécio Neves (PSDB) se manteve em 18%.
A taxa de rejeição da candidata Marina Silva (PSB) oscilou de 10% para 12% no mesmo período. A rejeição ao candidato Aécio Neves (PSDB) se manteve em 18%.
Já a pesquisa Datafolha divulgada quinta-feira, dia 4, mostrou que o índice de rejeição da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) caiu para 32%. Nas pesquisas anteriores, o porcentual havia oscilado de 34% para 35%. A rejeição do candidato Aécio Neves (PSDB) está em 21%, ante 18% e 22% nas mostras mais recentes. E a candidata Marina Silva (PSB) tem 16%, ante 11% e 15% nas anteriores.
Ainda segundo a pesquisa Datafolha, 18% dos eleitores não votariam de jeito nenhum no pastor Everaldo, 12% em Levy Fidelix (PRTB), 11% em Zé Maria (PSTU) e Eymael (PSDC). A taxa de rejeição a Luciana Genro (PSOL) e Mauro Iasi (PCB) é 10% e a de Eduardo Jorge (PV), 7%; 12% disseram que poderiam votar em todos e 15% não sabem ou não responderam.
É na rejeição que mora o perigo. Ninguém consegue vencer no segundo turno quando existe alta taxa de rejeição. Este era o argumento principal dos líderes do movimento “Volta,Lula”, mas Dilma manteve-se irredutível.
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