A FAVOR DA SAÚDE E CONTRA O SUCATEAMENTO DOS HOSPITAIS PÚBLICOS, EU VOTO AÉCIO
Dilma Rousseff ocupa hoje o primeiro microfone das Nações Unidas, quer dizer, como de praxe, cabe ao Brasil o discurso inicial na abertura da Assembléia Geral. Na aparência, perderá dois dias de campanha pela reeleição, mas certamente ganhará uma semana de alta exposição na mídia nacional. Pelo que se sabe, fará um pronunciamento mais de candidata , menos de análise da política mundial. Importa pouco, para ela, alinhar críticas e reflexões a respeito da crise econômica que assola a Europa ou da loucura que tomou conta do Oriente Médio. Melhor será comentar as realizações de seu governo, ainda que inseridas no contexto dos países em desenvolvimento.
Senão uma fraude, ao menos um golpe dado abaixo da linha da cintura de seus adversários. Nem Aécio nem Marina dispõem da tribuna das Nações Unidas para impressionar o eleitorado nacional, fator que nos leva ao estrilo de sempre: o maior mal que Fernando Henrique causou ao país não foi a supressão de direitos trabalhistas, sequer a entrega de parte de nossa economia ao capital estrangeiro. Foi arrancar do Congresso, até pela compra de votos, a emenda constitucional da reeleição, a começar pela dele mesmo, sem sequer a cláusula da desincompatibilização. No exercício do primeiro mandato, presidentes, governadores e prefeitos estão aptos a disputar o segundo com a caneta e o diário oficial nas mãos.
O singular é que, de verdade, nenhum partido ou líder de prestígio admite revogar esse execrável princípio. Lula o adotou e venceu, assim como Dilma agora tenta vencer.Pouco importa se Aécio e Marina se pronunciam contra e prometem mudar as regras do jogo, patrocinando a revogação do segundo mandato imediatamente seguinte ao primeiro.
É conversa para enganar os trouxas, pois se um dos dois candidatos for eleito em outubro, jamais tocará no assunto.
Quem despreza a oportunidade de ficar oito anos no poder em vez de quatro? Ou cinco ou seis, se por passe de mágica, como compensação, o Congresso aprovar a extensão do mandato único?
Como Dilma viajou para Nova York? A bordo do avião presidencial, com todas as mordomias. Quem custeará as despesas de sua hospedagem num dos mais luxuosos hotéis da maior cidade do mundo?
O tesouro nacional. Nem será o PT, apesar do evidente sentido eleitoral da viagem. Além de o palácio da Alvorada estar servindo de centro maior da campanha da reeleição, de a peregrinação pelos estados fazer-se com toda a infra-estrutura da presidência da República e da complacência da Justiça Eleitoral, não há como separar a condição de candidata com a de chefe do governo. Fernando Henrique fez assim, o Lula também, e por que Dilma seria diferente?
Se perder a eleição, será pelo esgotamento do uso do poder pelos companheiros, mas tanto Aécio quanto Marina, se chegarem lá, utilizarão os mesmos argumentos e artifícios que cercarão a majestade de suas funções.
O mal já foi feito e parece impossível de remoção. Graças a quem o praticou, despertando demônios nascidos da ambição, que jamais serão exorcizados.
Dilma Rousseff ocupa hoje o primeiro microfone das Nações Unidas, quer dizer, como de praxe, cabe ao Brasil o discurso inicial na abertura da Assembléia Geral. Na aparência, perderá dois dias de campanha pela reeleição, mas certamente ganhará uma semana de alta exposição na mídia nacional. Pelo que se sabe, fará um pronunciamento mais de candidata , menos de análise da política mundial. Importa pouco, para ela, alinhar críticas e reflexões a respeito da crise econômica que assola a Europa ou da loucura que tomou conta do Oriente Médio. Melhor será comentar as realizações de seu governo, ainda que inseridas no contexto dos países em desenvolvimento.
Senão uma fraude, ao menos um golpe dado abaixo da linha da cintura de seus adversários. Nem Aécio nem Marina dispõem da tribuna das Nações Unidas para impressionar o eleitorado nacional, fator que nos leva ao estrilo de sempre: o maior mal que Fernando Henrique causou ao país não foi a supressão de direitos trabalhistas, sequer a entrega de parte de nossa economia ao capital estrangeiro. Foi arrancar do Congresso, até pela compra de votos, a emenda constitucional da reeleição, a começar pela dele mesmo, sem sequer a cláusula da desincompatibilização. No exercício do primeiro mandato, presidentes, governadores e prefeitos estão aptos a disputar o segundo com a caneta e o diário oficial nas mãos.
O singular é que, de verdade, nenhum partido ou líder de prestígio admite revogar esse execrável princípio. Lula o adotou e venceu, assim como Dilma agora tenta vencer.Pouco importa se Aécio e Marina se pronunciam contra e prometem mudar as regras do jogo, patrocinando a revogação do segundo mandato imediatamente seguinte ao primeiro.
É conversa para enganar os trouxas, pois se um dos dois candidatos for eleito em outubro, jamais tocará no assunto.
Quem despreza a oportunidade de ficar oito anos no poder em vez de quatro? Ou cinco ou seis, se por passe de mágica, como compensação, o Congresso aprovar a extensão do mandato único?
Como Dilma viajou para Nova York? A bordo do avião presidencial, com todas as mordomias. Quem custeará as despesas de sua hospedagem num dos mais luxuosos hotéis da maior cidade do mundo?
O tesouro nacional. Nem será o PT, apesar do evidente sentido eleitoral da viagem. Além de o palácio da Alvorada estar servindo de centro maior da campanha da reeleição, de a peregrinação pelos estados fazer-se com toda a infra-estrutura da presidência da República e da complacência da Justiça Eleitoral, não há como separar a condição de candidata com a de chefe do governo. Fernando Henrique fez assim, o Lula também, e por que Dilma seria diferente?
Se perder a eleição, será pelo esgotamento do uso do poder pelos companheiros, mas tanto Aécio quanto Marina, se chegarem lá, utilizarão os mesmos argumentos e artifícios que cercarão a majestade de suas funções.
O mal já foi feito e parece impossível de remoção. Graças a quem o praticou, despertando demônios nascidos da ambição, que jamais serão exorcizados.
25 de setembro de 2014
Carlos Chagas
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