"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

LOUCURA BOLIVARIANA AFUNDA A VENEZUELA

INFLAÇÃO DISPARA E CHEGA A QUASE 60% AO ANO. SITUAÇÃO DO PAÍS É CAÓTICA.
 
A inflação oficial venezuelana atingiu 4,1% em março, informa nesta quinta-feira o Banco Central da Venezuela (BCV). 
Com o resultado, o índice acumula alta de 59% em um ano. Subordinado ao presidente Nicolás Maduro, o BCV culpa os protestos contra o governo  pela alta dos preços e endossa o termo guerra econômica para justificar uma política que agoniza com a inépcia das pessoas que comandam o país.
 
O relatório do BCV inverte a lógica dos fatos, pois a escalada da inflação foi justamente um dos motivos que influenciaram os protestos.
O relatório é tão parcial que inclusive omite o alarmante índice acumulado nos últimos 12 meses, que teve de ser calculado por economistas independentes que usaram como base os índices mensais divulgados pelo BCV.
 
"Observamos uma alta do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 4,1% em março, com séria tendência a continuar impactando os resultados de abril", revelou o BCV em sua página na internet. Segundo o BCV, a inflação foi puxada pelos preços de "alimentos e bebidas, que variaram 6,1%" em março, contra 1,7% em fevereiro."
 
O relatório atribui a alta dos preços aos protestos e piquetes contra o governo que sacodem a Venezuela há mais de dois meses, o que teria afetado a produtividade e a distribuição dos produtos pelo território nacional. De acordo com o BCV, os protestos constituem "uma nova onda concreta de guerra econômica" contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
 
A inflação e o desabastecimento de produtos como leite, café, açúcar, desodorantes e até papel higiênico foram dois dos estopins dos protestos contra o governo, que já deixaram 41 mortos, centenas de feridos e de detidos.
 
Na quarta-feira, Maduro anunciou uma nova inspeção a estabelecimentos comerciais do país. O objetivo da ação é verificar se as margens de lucro definidas e os "preços justos" são respeitados – segundo a lógica de Maduro, a inflação e o desabastecimento do país são culpa de uma “guerra econômica”, e não de suas medidas desastradas na condução das finanças venezuelanas.
 
Supremo legitima repressão – Em outra ação que indica a interferência de Maduro nos demais poderes do país, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, a mais alta corte do país, determinou na noite de quinta-feira que o direito dos cidadãos de se juntarem em protestos pacíficos "não é absoluto", além de afirmar que a polícia pode ser acionada para dispersar manifestantes que não pedirem autorização para fazer marchas e manifestações.

 A decisão da Corte – que durante o período chavista sofreu uma profunda interferência do governo e desde então adotou uma postura de subserviência diante do Executivo – ocorreu após o pedido de um prefeito chavista, Gerardo Sánchez, que comanda a cidade de Guacara. Ele pediu que os juízes analisassem o alcance do artigo 68 da Constituição do país, que garante aos cidadãos "o direito de se manifestar pacificamente e sem armas".

 Só que em vez de defender o artigo, a turma de sete juízes da Câmara Constitucional do tribunal acabou afirmando que todos os cidadãos e organizações políticas têm que informar as autoridades locais e pedir autorização para a realização de protestos pacíficos.
 

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