Bicalho, ao centro, recebendo título de Cidadão de Belo Horizonte
Ex-presidente do banco Bemge e réu no braço do processo do mensalão tucano que tramita em Minas Gerais, José Afonso Bicalho trabalha como assessor econômico no gabinete de Fernando Pimentel no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Ele é contratado através do BNDES desde abril do ano passado.
Quando Bicalho era presidente do Bemge, em 1998, o banco transferiu R$ 500 mil à SMP&B, agência de Marcos Valério, a título de patrocínio de um evento de motocross. O dinheiro teria sido desviado para a campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB), de acordo com a denúncia do Ministério Público. No processo, Bicalho responde pelo crime de peculato.
Na noite de quarta-feira, outro réu do mesmo processo, o jornalista Eduardo Guedes, deixou a assessoria que prestava ao senador Aécio Neves (PSDB), depois da revelação de que ele ainda atuava próximo ao pré-candidato à Presidência, apesar de responder na Justiça por eventual participação no esquema de desvio de recursos implantado por Valério.
Nesta quinta-feira, tanto o BNDES quanto o Ministério do Desenvolvimento se recusaram a informar o salário de Bicalho no governo federal, sob a alegação de que o decreto que regulamentou a Lei de Acesso à Informação desobrigaria o BNDES de divulgar o salário de seus empregados de forma individualizada. Por meio da assessoria, O GLOBO perguntou ao ministro Fernando Pimentel se a contratação de Bicalho era motivo de constrangimento para a pasta. Ele preferiu não se pronunciar.
( O Globo )
14 de fevereiro de 2014
in coroneLeaks
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