PT teme devassa italiana nas contas e transações bancárias feitas por Pizzolato antes de ser preso
14 de fevereiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
O maior medo da cúpula petista é que a Polícia e a Justiça da Itália tenham sucesso na devassa em contas correntes e operações bancárias feitas pelo mensaleiro Henrique Pizzolato – que ontem foi indiciado por falsidade ideológica, crime de substituição de pessoa e falso testemunho a um oficial público. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil a 12 anos e sete meses de prisão em regime fechado, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil tem chances reais de extradição – o que pode acontecer daqui a uns seis meses, bem perto da eleição presidencial brasileira, para terror da petralhada.
A Polícia Italiana constatou que Pizzolato, antes de ser preso no dia 5 de fevereiro, fez transações bancárias de milhares de Euros. Documentos analisados até agora demonstram que ele se preparava para grandes investimentos na Itália. Os italianos analisam três computadores e vários Pen drives apreendidos na casa que ele alugava em Porto Venere, perto de La Spezia. Na Itália, vazou a informação de que Pizzolato estaria disposto a fornecer mais dois computadores com informações comprometedoras sobre os petistas. O material serviria para provar que sua extradição representaria risco concreto de morte. Pizzolato teme ser um novo Celso – não seu irmão, mas o Daniel, prefeito petista de Santo André barbaramente torturado, seviciado e assassinado em 2002.
A Polícia Federal tem informações da Interpol que Pizzolato tinha uma conta corrente em banco suíço – que já estaria monitorada. Também há informações sobre pelo menos duas contas correntes abertas na Espanha – que não se sabe se entram no monitoramento. Os dois novos computadores onde estariam as bombas que Pizzolato ameaça estourar, em troca de uma deleção premiada com os italianos, supostamente estão guardados em território espanhol. Verdade ou blefe? Com petralhas fica impossível saber se versões e fatos são tomadas ou focinhos de porco.
O caso Pizzolato também chamou a atenção para a facilidade com que se falsifica documentos no Brasil. Pizzolato fugiu para a Itália usando um passaporte em nome de seu irmão Celso Pizzolato, falecido em 1978. Henrique montou o esquema de fraude para a fuga em 2007. Tirou título de eleitor em nome do irmão. Conseguiu até votar em 2010 – o que evidencia a fragilidade do sistema de cadastro eleitoral. Quantos outros fantasmas como ele podem existir e votar?
Pelo sistema atual é possível tirar carteiras de identidade em diferentes estados, sem que uma fiscalização seja possível. O cadastro único, anunciado anos atrás, só tem previsão de sair do papel daqui a cinco anos. Está claro que não interessa ao esquema governista. O risco de um eleitorado falso – com dezenas de milhares de zumbis votantes – assombra a eleição de 2014 – da qual o PT só não sairá derrotado se houver fraude eleitoral. O risco de haver é real – e sem possibilidade de auditoria dos votos pelo vulnerável esquema de urnas eletrônicas, transmissão de votos e processamento final sem transparência.
Grande questão
A previsão é: antes da eleição, um grande iceberg vai atingir, mortalmente, o PTitanic - para afundá-lo de vez, mais adiante.
Em breve, o Brasil pode ser sacudido por tormentas sociais como na Argentina e na Venezuela.
A grande pergunta é: como os militares reagirão quando o pirão desandar de verdade?
Petrobras abalada
O governo petista está apavorado com os desdobramentos de mais um escândalo internacional que envolve a Petrobrás.
Ex-funcionários da transnacional holandesa SBM Offshore denunciaram que, entre 2005 e 2011, a empresa pagou US$ 250 milhões em subornos.
Deste total, US$ 139 milhões foram destinados a comissões pagas a intermediários e a funcionários da Petrobras.
A SBM é investigada autoridades da Holanda, Inglaterra e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos desde 2012, por supostos pagamentos de suborno a empresas, inclusive estatais, e autoridades na Guiné Equatorial, Angola, Malásia, Kazaquistão, Itália, Iraque e Brasil.
Poderio
A SBM é sediada na Holanda, com operações em Mônaco e Estados Unido, sendo proprietária de uma das maiores frotas de plataformas flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSO) do mundo.
A SBM informa que tem portfólio de encomendas de US$ 23 bilhões com a Petrobras, incluindo as plataformas Cidade de Paraty, Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema, em construção para a estatal brasileira.
Sozinha ou com sócios, a SBM tem atualmente nove contratos de construção e posterior aluguel de plataformas assinados com a Petrobras.
Unidades estão instaladas nos campos de Roncador, Cachalote, Baleia Azul, Marlim Sul e Jubarte, na Bacia de Campos.
Outra plataforma, a Cidade de Ilhabela, está em construção no estaleiro Brasa, em Niterói, e vai para o campo de Sapinhoá (antigo Guará).
Para abafar protestos
O Governo tem o maior interesse na aprovação urgente de projetos de lei que preveem medidas mais duras para quem pratica atos violentos em protestos, sejam policiais ou manifestantes
As palavras do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, prometendo fechar uma proposta única para votação em plenário, em no máximo 15 dias, é a prova do desespero:
“São dez projetos de lei na Casa, que serão apensados em um só. Não é nada de segurança nacional nem terrorismo, mas uma nova lei diante de configurações novas, amadurecida num debate sereno que travaremos no plenário. A Câmara vai agir, sim”.
Tudo indica que o PT tem interesse em fabricar logo o antídoto legal e repressivo contra manifestações que vão estourar contra o desgoverno, da corrupção e a impunidade:
Tudo indica que o PT tem interesse em fabricar logo o antídoto legal e repressivo contra manifestações que vão estourar contra o desgoverno, da corrupção e a impunidade:
Processa o Tuminha, Gilbertinho?
Zé Ruelas do Congresso
Fábula da Vagabundagem
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
14 de fevereiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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