Ministro petista declara guerra ao Google, e Tuminha assassina reputação da petralhada
Ontem, no programa Roda Viva, foi Romeu Tuma Jr quem confirmou o assassinato, em legítima defesa, da reputação de Lula (ex-informante do DOPS), Gilberto Carvalho e do PT. A maior ironia foi mostrar como uma polícia aparelhada e instrumentalizada pelo governo petista acabou se voltando contra seus integrantes, como no caso Risemary, espinha dorsal de Lula. Agora, será que o ex-Presidente aceitará o desafio de uma acareação?
O PT cometeu ontem um erro estratégico que, certamente, será fatal aos planos reeleitorais de poder. Paulo Bernardo, Ministro das Comunicações, simplesmente declarou guerra ao Google. Além de reclamar que a transnacional exerce um “monopólio da internet”, Bernardo acusou o Google de sonegar (não coletar) impostos no Brasil por seus serviços de publicidade. O troco político do Google deve custar muito caro à petralhada – que deseja censurar as redes sociais, onde Lula e os petistas não conseguem ter hegemonia e sofrem oposição consistente.
Além do temerário ataque ao Google, Paulo Bernardo também demonstrou a falta de unidade dentro do PT sobre o polêmico Marco Civil na internet. Bernardo deixou claro que discorda do projeto de “regulação de conteúdo dos veículos de comunicação” - defendido Franklin Martins (ex-ministro que será o comandante da ofensiva eleitoral petista nas redes sociais). O ministro ajudou a alimentar a autofágica guerra interna no PT na busca de consolidar espaço na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff.
Na prática, Bernardo bateu de frente com Franklin: “Regular conteúdo não é permitido pela Constituição. Acho que nós temos de dizer o que vamos fazer de maneira geral em relação a espaço de mercado para cada um. Regulação de conteúdo ninguém defende, quem defende está defendendo uma coisa que a Constituição não permite. A liberdade de expressão, o tráfego de ideias tem que ser garantido”. Detalhe: a jornalista Helena Chagas, que defendia esta mesma posição, foi derrubada da Secretaria de Comunicação Social do governo pelo jogo de intrigas petista. Bernardo que se cuide...
Sobre o Google – que deve render polêmica e, certamente, retaliação nas redes sociais -, Bernardo pegou pesadíssimo: “As pessoas falam que no Brasil tem monopólio da mídia, eu acho que o Google está se tornando o grande monopólio da mídia e a gente vê uma disputa entre teles e TVs que se durar mais alguns anos o Google vai engolir os dois. Se você tem uma empresa que num setor tem 91% de participação é evidente que talvez seja o caso de discutir. Acho que sempre há espaço para discutir”.
A crítica mais violenta de Bernardo atinge o modelo de negócios do Google: “Nós temos uma situação que começa a ficar assimétrica de empresas que vendem serviços pela internet e não tem as mesmas responsabilidades dos veículos tradicionais. O Google faturou em 2013 mais de R$ 3,5 bilhões de publicidade no Brasil. A informação que tenho é que a maior parte dessa publicidade é paga no exterior com cartão internacional. Esse dinheiro tem os impostos que a mídia tradicional paga? Não acredito que tenha. É preciso olhar isso. A gente não está falando de regular conteúdo, sou a favor da liberdade de expressão. Agora, nós podemos ter dois tipos de veículo vendendo publicidade: um pagando imposto e outro não pagando nada? Isso tem que ser visto”.
O troco do Google virá... A Petralhada pode esperar...
Roda Viva
A verdade, jornalisticamente lamentável, é: a direção do Roda Viva evitou, ao máximo, qualquer aprofundamento maior sobre o polêmico assunto “Lula como informante do DOPS”...
Resumindo: o programa foi água com açúcar, sem aprofundar temas importantes que Tuma Jr apontou no livro “Assassinato de Reputações”
Câmera do cartunista Paulo Caruso, canetando Romeu Tuma Júnior no Roda Viva de ontem.
O Informante
Por volta dos 41 minutos do programa, Tuminha ressaltou que Lula sempre foi muito próximo do governo dos militares, mas o assunto acabou providencialmente abafado para outra pergunta...
Aos 50 minutos, quando o assunto volta à tona, Tuminha reafirmou que Lula prestava informações úteis ao seu pai, Romeu Tuma, quando ele era o chefe de inteligência do Departamento da Ordem Política e Social nos tempos da dita-dura.
A partir dos 55 minutos, lembrou que um símbolo da esquerda, como Lula era, não andaria, impunemente, fumando, no banco de trás de um carro de polícia, como aparece em fotos históricas do tempo das famosas greves no ABC, no final da década de 70.
Máquina de grana?
A suposta oposição ao PT deveria investigar quanto as empresas da área de educação vão investir, aberta ou por debaixo dos panos, na campanha reeleitoral de Dilma Rousseff.
Nos bastidores do Lobby, já se comenta que uma das grandes fontes de mensalão para 2014 será o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego.
O famoso Pronatec, que já conta com 5,7 milhões de matrículas, é uma alta fonte de lucro dos grupos educacionais (que pode retornar em forma de doações para campanha política), além de ser, também, uma bela ferramenta eleitoral, na base do famoso clientelismo...
Mudança de Comunicação
Vice desejado
Não foi à toa que o empresário Josué Alencar – presidente da Coteminas – desistiu de virar Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
O verdadeiro plano do filho do falecido vice-presidente José Alencar é ser escolhido o vice na chapa reeleitoral de Dilma Rousseff.
Falta só atropelar Michel Temer – que não deseja largar o osso – e combinar com o futuro ex-governador Sérgio Cabral Filho, que deseja a mesma coisa.
Cotada
A empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, que chegou a rejeitar o Ministério da Micro e Pequena Empresa, agora tem tudo para ser ministra do Desenvolvimento.
Concorre com o presidente da Natura, Pedro Passos, que hoje preside o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) – sucedendo Josué Alencar.
Outro na fita é o Juan Quirós, presidente do grupo Advento.
Brasil da Usura
Se um correntista tivesse depositado R$ 100,00 (Cem Reais) na poupança em qualquer banco, dia 1º de julho de 1994 (data de lançamento do Real), teria hoje na conta R$ 374,00 (Trezentos e Setenta e Quatro Reais).
Se esse mesmo correntista tivesse sacado R$ 100,00 (Cem Reais) no Cheque Especial, na mesma data, e não pagasse a conta, teria hoje uma dívida de R$139.259,00 (Cento e Trinta e Nove Mil e Duzentos Cinquenta e Nove Reais) no mesmo banco.
Ou seja, com o modelo econômico de juros altos, só os bancos ganham dinheiro fácil.
Pendurados nos cartões
Um terço das concessões de crédito no cartão no ano passado entraram no perigoso rotativo – deixar de pagar o principal e rolar a dívida pra frente.
Os brasileiros empurraram dívidas de R$ 26 bilhões no rotativo do cartão, número maior do que o que foi emprestado em crédito consignado ou crédito ao consumo.
Desse total, quase 37% está com o pagamento da fatura em atraso de mais de 90 dias, ou seja, inadimplentes.
Conjuntura sombria
Até quando a presidenta Dilma do Chefe conseguirá manter o discurso ilusório de que tudo vai bem na economia brasileira?
Bolsa caindo, Petrobras, Vale e Eletrobras se desvalorizando, déficit na balança comercial subindo, nota de risco do País em clima de rebaixamento, dólar subindo, fuga de investidores do Brasil...
Nessa conjuntura sóbria, só um maluco pode apostar que Dilma não perde a eleição – ou que se reelege com facilidade, como prega a propaganda petralha...
Gozando o Barbosão
Fome de vingança
Evacuando
Armando o retorno
Meia Noite em Paris
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
06 de fevereiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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