"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

SEM MEDO

Sem temer acusados, Romeu Tuma Júnior afirma que livro-bomba traz “apenas o que vi, não o que ouvi”

romeu_tumajr_13Como era de se esperar, a reação dos petistas diante da enxurrada de denúncias que é o livro do delegado Romeu Tuma Júnior e do jornalista Claudio Julio Tognolli – “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado” – não poderia ser outra que não a de desqualificar a obra.
Começando por Tuma Júnior, o fato de ter ser delegado lhe dá conhecimento suficiente sobre o que representa uma denúncia sem prova.

No caso de Tognolli, trata-se de um jornalista competente e com larga experiência em jornalismo investigativo. Sendo assim, a dupla não cometeria o equívoco de denunciar a esmo.

Profissionais de comunicação que costumam rezar pela cartilha do Palácio do Planalto, assim como vez por outra são agraciados com milhares de mimos, começam a questionar temas relacionados ao livro.
Um dos questionamentos refere-se à demora do delegado em denunciar fatos que são considerados crimes graves. Cada um sabe o momento certo de fazer determinada denúncia, principalmente conhecendo um inimigo feroz e covarde como o PT.
Se a denúncia demorou a surgir, é porque o conjunto de fatos alongou a coletânea de provas. Enquanto os crimes constantes das denúncias não prescreverem, a denúncia pode ser feita a qualquer tempo, pelo menos sob a ótica da legislação brasileira.

Sem saber o que fazer diante da repercussão das denúncias, o PT acionou a sua tropa de choque cibernética para rebater qualquer notícia favorável ao livro de Tuma e Tognolli, que tem 557 páginas e está recheado de documentos e provas, segundo os autores. Esse comportamento é típico dos integrantes da legenda, que se especializou ao longo dos anos em desqualificar os adversários para camuflar os próprios crimes que comete.
Para que o leitor avalie a confiança de Romeu Tuma Júnior em relação ao conjunto de denúncias que é a alma do livro, o ex-Secretário Nacional de Justiça disse nesta terça-feira (10) a um amigo próximo: “relatei apenas o vi, não o que ouvi”. “O que meu pai me contou não está no livro”, completou. Isso significa que Tuma Júnior só denunciou aquilo que viveu, o que lhe dá condição de enfrentar o acusado em eventual acareação, assunto que ele voltou a afirmar que enfrentará no caso da denúncia que fez contra Luiz Inácio da Silva, o lobista messiânico que é acusado de ter sido informante do regime militar.

De nada adianta a tropa de choque do partido atacar jornalistas e adversários na tentativa de anular o efeito das denúncias, pois com tal atitude o assunto ecoará ainda mais. Da mesma forma, negar o inegável é fazer esforço à toa, pois o PT mostrou na última década, a quem quisesse ver, a sua incontestável vocação para o banditismo político.
O partido deveria se dar por satisfeito pelo fato de o lançamento do livro não ter sido agendado para agosto do próximo ano, o que garantiria a reverberação das acusações ates as eleições.

10 de dezembro de 2013
ucho.info

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