O ministro tem dez dias para responder questionamento da comissão, que só volta a se reunir no dia 29 de janeiro
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu, nesta segunda-feira, pedir explicações ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre a sua conduta na investigação das denúncias de corrupção na compra de equipamentos para o metrô de São Paulo nos governos tucanos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra. O ministro tem dez dias para responder, mas a comissão só voltará a se reunir no dia 29 de janeiro de 2014.
No último dia 27 de novembro, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), acionou a Comissão de Ética para analisar o comportamento de Cardozo no encaminhamento das denúncias. O ministro repassou à Polícia Federal um documento anônimo vinculando o nome de vários políticos, a maioria do PSDB, ao recebimento de propinas. Para o PSDB, o ministro usou o cargo e pediu à Polícia Federal "investigações seletivas" para "perseguir adversários políticos".
Segundo o PSDB, o relatório do ex-executivo da Siemens Everton Rheinheimer, que apontava o pagamento de propina nos governos tucanos de São Paulo, foi adulterado. Cardozo, para o PSDB, usou esse documento "contra os políticos da oposição".
Cardozo rebateu as acusações. E, durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, no início deste mês, afirmou que a Polícia Federal e o Conselho Administrativo de Defesa de Direito Econômico (Cade) vão continuar investigando as denúncias.
O ministro também reafirmou que não há indícios de adulteração do documento apócrifo que levanta suspeitas sobre políticos do PSDB e que, em julho, levou a PF a abrir uma nova frente de investigação sobre as supostas irregularidades. Tucanos acusaram petistas de falsificar uma carta escrita em inglês para incluir nomes de políticos do PSDB nas supostas fraudes.
Uso de helicóptero
A comissão recebeu as explicações da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, sobre o uso de helicóptero da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina, mas vai analisar o caso na próxima reunião. O relator é o conselheiro Horácio de Senna Pires.
10 de dezembro de 2013
Luiza Damé - O Globo
No último dia 27 de novembro, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), acionou a Comissão de Ética para analisar o comportamento de Cardozo no encaminhamento das denúncias. O ministro repassou à Polícia Federal um documento anônimo vinculando o nome de vários políticos, a maioria do PSDB, ao recebimento de propinas. Para o PSDB, o ministro usou o cargo e pediu à Polícia Federal "investigações seletivas" para "perseguir adversários políticos".
Segundo o PSDB, o relatório do ex-executivo da Siemens Everton Rheinheimer, que apontava o pagamento de propina nos governos tucanos de São Paulo, foi adulterado. Cardozo, para o PSDB, usou esse documento "contra os políticos da oposição".
Cardozo rebateu as acusações. E, durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, no início deste mês, afirmou que a Polícia Federal e o Conselho Administrativo de Defesa de Direito Econômico (Cade) vão continuar investigando as denúncias.
O ministro também reafirmou que não há indícios de adulteração do documento apócrifo que levanta suspeitas sobre políticos do PSDB e que, em julho, levou a PF a abrir uma nova frente de investigação sobre as supostas irregularidades. Tucanos acusaram petistas de falsificar uma carta escrita em inglês para incluir nomes de políticos do PSDB nas supostas fraudes.
Uso de helicóptero
A comissão recebeu as explicações da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, sobre o uso de helicóptero da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina, mas vai analisar o caso na próxima reunião. O relator é o conselheiro Horácio de Senna Pires.
10 de dezembro de 2013
Luiza Damé - O Globo
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