O constrangedor espetáculo proporcionado pelos caciques do Partido dos Trabalhadores (PT), durante o último congresso nacional da agremiação, ao exibirem ato de desagravo a filiados condenados e presos no processo do mensalão, com direito a punho fechado erguido pelo ex-presidente Lula, à Genoino, e a presença da Presidente Dilma, "deslizada" de seu cargo para atender um convescote partidário, constitui, antes de tudo, uma afronta aos trabalhadores brasileiros, inspiradores da sigla, via sindicalismo de resultados, é verdade, em nome dos quais, no entanto, as estratégias partidárias deveriam ser formuladas e decididas, direcionadas, porém, desde que o partido assumiu o governo, à manutenção do poder por todos os meios disponíveis, éticos ou não.
Além disso, a defesa trenética dos condenados e presos, durante o encontro, demonstra, de maneira evidente, que, mais do que nunca, o país necessita, com urgência, de um choque de moral, antes que, através do posicionamento anti democrático representado pelo confronto com as deliberações da Corte máxima, a sociedade ingresse num processo de decomposição configurado por um cenário onde tudo vale, desde que sejam preservados os "nossos" interesses em detrimento dos"deles".
Como se tudo isso não bastasse, somos brindados com um discurso do deputado condenado, João Paulo Cunha, o primeiro após a sua condenação, no qual, é de pasmar, comparou sua trajetória com a de Nelson Mandela.
São perturbadoras as perspectivas!
15 de dezembro de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.
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