Cid Benjamin deu entrevista à Globo News, eu não vi. Mas recordar é preciso. Estes rebeldes angelicais, incensados e idolatrados por defen$ore$ do$ direito$ humano$ da Comi$$ão da Verdade como mártires pela democracia, não são o que parecem.
Vera Sílvia Magalhães pertencia à mesma organização de Cid Benjamin, a Dissidência Comunista da Guanabara, que, junto à ALN de Marighela, seqüestrou o embaixador americano. Ela e Cid eram companheiros de Franklin Martins, o autor da idéia do seqüestro. Adivinhem o que a organização deles (e de Franklin Martins) defendia? Vera Sílvia explica aos 13 min (vídeo abaixo)
"A tomada do poder - era isto que nós queríamos - para a transformação daquilo em socialismo. Nós não éramos exatamente contra a ditadura. Nós éramos contra a ditadura militar burguesa, mas nós éramos a favor da ditadura do proletariado. Isto ninguém diz, mas tem que dizer. Isto faz parte de nossa história".
A entrevista completa vale a pena. A abertura do programa, produzido e divulgado pela TV Câmara, é um primor de doçura. Vera Sílvia Magalhães - diz o texto - "ainda procura seu lugar no mundo e se pergunta o que fazer de tanta ousadia e de tanta generosidade, de tanta coragem e de tanta ternura".
Estranha maneira de ser terna, Vera Sílvia mesmo conta que, com ela, a conversa era à bala. Ao ser presa, escolheu uma tática (em suas próprias palavras) suicida: agredia seus inquisidores que, em troca, segundo Vera ela, devolveram a 'gentileza' submetendo-a a torturas pesadíssimas na PE do Rio de Janeiro.
Saiu do Brasil de cadeira de rodas. Vera Sílvia estava na lista de terroristas presos cuja libertação era exigida pelos seqüestradores do embaixador alemão Von Holleben (entre eles, Eduardo Leite, o Bacuri, e Alfredo Sirkis, aquele mesmo, que foi Secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro. Terrorista só se dá bem).
Vera Sílvia foi para a Argélia, casou com Gabeira, também trocado pelo embaixador alemão, se tratou e voou para Cuba, onde fez um ano e meio de treinamento militar em guerrilha. Não voltou para o Brasil, acabou ficando pela Europa, retornou com a anistia.
A moça nunca abriu a boca para condenar o comunismo ou criticar a ditadura cubana. E, até morrer de câncer em 2007, recebia R$ 4 mil por mês como vítima de torturas. Recebeu uma indenização de R$ 60 mil reais, bem menor que outras que ultrapassaram a casa do milhão, porque, segundo a Comissão da Anistia, na época em que foi perseguida, Vera era estudante.
"Mas os estudantes interromperam a sua vida, muitos morreram e suas famílias não pleitearam a indenização. Existe um problema muito sério nessa indenização porque os critérios não correspondem. Saí em 1970, mas fui perseguida muito antes disso. Não quero reivindicar mais nada em relação a isso, porque acho um desgaste muito violento e não sei se vale a pena. Mas a minha indenização não correspondeu ao que eu precisava para ter uma segurança no futuro" ", diz ela.
http://www.youtube.com/watch?v=q8fUe7vsj2s
Vera Sílvia Magalhães pertencia à mesma organização de Cid Benjamin, a Dissidência Comunista da Guanabara, que, junto à ALN de Marighela, seqüestrou o embaixador americano. Ela e Cid eram companheiros de Franklin Martins, o autor da idéia do seqüestro. Adivinhem o que a organização deles (e de Franklin Martins) defendia? Vera Sílvia explica aos 13 min (vídeo abaixo)
"A tomada do poder - era isto que nós queríamos - para a transformação daquilo em socialismo. Nós não éramos exatamente contra a ditadura. Nós éramos contra a ditadura militar burguesa, mas nós éramos a favor da ditadura do proletariado. Isto ninguém diz, mas tem que dizer. Isto faz parte de nossa história".
A entrevista completa vale a pena. A abertura do programa, produzido e divulgado pela TV Câmara, é um primor de doçura. Vera Sílvia Magalhães - diz o texto - "ainda procura seu lugar no mundo e se pergunta o que fazer de tanta ousadia e de tanta generosidade, de tanta coragem e de tanta ternura".
Estranha maneira de ser terna, Vera Sílvia mesmo conta que, com ela, a conversa era à bala. Ao ser presa, escolheu uma tática (em suas próprias palavras) suicida: agredia seus inquisidores que, em troca, segundo Vera ela, devolveram a 'gentileza' submetendo-a a torturas pesadíssimas na PE do Rio de Janeiro.
Saiu do Brasil de cadeira de rodas. Vera Sílvia estava na lista de terroristas presos cuja libertação era exigida pelos seqüestradores do embaixador alemão Von Holleben (entre eles, Eduardo Leite, o Bacuri, e Alfredo Sirkis, aquele mesmo, que foi Secretário do Meio Ambiente do Rio de Janeiro. Terrorista só se dá bem).
Vera Sílvia foi para a Argélia, casou com Gabeira, também trocado pelo embaixador alemão, se tratou e voou para Cuba, onde fez um ano e meio de treinamento militar em guerrilha. Não voltou para o Brasil, acabou ficando pela Europa, retornou com a anistia.
A moça nunca abriu a boca para condenar o comunismo ou criticar a ditadura cubana. E, até morrer de câncer em 2007, recebia R$ 4 mil por mês como vítima de torturas. Recebeu uma indenização de R$ 60 mil reais, bem menor que outras que ultrapassaram a casa do milhão, porque, segundo a Comissão da Anistia, na época em que foi perseguida, Vera era estudante.
"Mas os estudantes interromperam a sua vida, muitos morreram e suas famílias não pleitearam a indenização. Existe um problema muito sério nessa indenização porque os critérios não correspondem. Saí em 1970, mas fui perseguida muito antes disso. Não quero reivindicar mais nada em relação a isso, porque acho um desgaste muito violento e não sei se vale a pena. Mas a minha indenização não correspondeu ao que eu precisava para ter uma segurança no futuro" ", diz ela.
http://www.youtube.com/watch?v=q8fUe7vsj2s
15 de dezembro de 2013
Miriam Macedo
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