Com investimento direto de R$ 14,4 milhões por parte do Ministério da Cultura, o Museu do Trabalho e dos Trabalhadores, em São Bernardo do Campo (SP), foi autorizado a captar até R$ 17 milhões via Lei Rouanet para seu projeto museológico e acervo permanente.
Até o momento, o projeto conseguiu captar R$ 1,5 milhão. A empresa apoiadora foi a mineradora Vale.
A estrutura de concreto dos dois blocos de aproximadamente 5.000 m², que abrigarão a história da evolução do trabalho na cidade e no país, está em fase final de construção. Segundo a Secretaria de Cultura da cidade, essa etapa será concluída ainda em dezembro deste ano.
A inauguração foi inicialmente prevista para 2013. Mas, atualmente, trabalha-se com a meta de abrir as portas do museu só em agosto do ano que vem --mês das festividades do aniversário da cidade paulista--, diz o secretário de Cultura da cidade, Osvaldo Neto.
LUTAS SINDICAIS
As obras do museu foram inauguradas na gestão de Luiz Marinho (PT), ex-ministro do Trabalho e da Previdência e amigo do ex-presidente Lula.
A obra fica no centro de São Bernardo do Campo, cidade que viu nascer o Partido dos Trabalhadores.
O acervo do museu estará disposto já em seu vão-livre. O uso da tecnologia e de exposições interativas será bastante explorado, segundo o secretário.
A história dos movimentos sindicais nascidos no ABC será alojada em um dos blocos.
As referências ao ex-presidente e antigo líder sindicalista Lula não darão o tom do museu, afirma Neto.
"Aqui nós citamos momentos da luta da qual ele fez parte", diz. "Não queremos que haja identificação com um lado político. Isso vai ficar por conta do visitante."
MEU COMENTÁRIO: Num país cujas cidades - inclusive São Bernardo -, não possuem nenhum sistema de esgoto sanitário, com pessoas morrendo de dengue e febre amarela, com os hospitais caindo aos pedaços e há mais de uma década sem qualquer investimento importante em infraestrutura, o Governo Federal vai torrar alguns milhões nesse já denominado "Museu do Lula".
Coincidentemente, o museu será inaugurado em agosto de 2014, a três meses da eleição presidencial.
É por isso que quando vejo os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) debatendo - o quê mesmo? - o fim das doações para campanhas eleitorais, com a finalidade de moralizar a política brasileira, sou tomado por aqueles instintos, como diria, "primitivos".
Já estou vendo o ato inaugural desse "Museu do Lula", devidamente planejado nos detalhes pelo ministro sem pasta da Dilma e do Lula, o marketeiro baiano João Santana, mais conhecido como o Goebbels botocudo.
E não preciso acrescentar mais nada.
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