Funeral de Mandela: multidão não dá a mínima para discurso de Dilma, mas João Santana vai deitar e rolar.
Quem ganha com a viagem e o discurso de Dilma Rousseff no funeral de Mandela é o marqueteiro João Santana. Vai colocar uma trilha fantástica na fala pífia da presidenta e ainda mostrar um FHC aplaudindo entusiasmado aquela que lhe bate todos os dias, mas que ele fez questão de acompanhar como convidado. Estamos em campanha eleitoral. FHC parece que ainda não entendeu.
Em contraste com Barack Obama, antecessor imediato na ordem de oradores, a presidente Dilma Rousseff fez um discurso apagado e acompanhado com desinteresse. Não totalmente por culpa dela. A acústica do Soccer City era ruim e o sistema de tradução simultânea para o inglês era muito baixo, tornando impossível a compreensão do que ela dizia pela maior parte do público.
Na rápida fala, de cerca de dez minutos, Dilma chamou Mandela de "personalidade maior do século 20", que "conduziu com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano na história contemporânea --o fim do apartheid". Segundo Dilma, "este grande líder teve seus olhos postos no futuro de seu país, de seu povo e de toda a África. Inspirou a luta no Brasil e na América do Sul".
Ela viajou acompanhada dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney. Dilma foi um dos seis chefes de Estado convidados a falar na cerimônia. Representantes de China e Índia, também membros dos Brics, tiveram igual deferência. Além dos líderes políticos, havia diversas celebridades presentes no estádio, como o roqueiro Bono e a atriz Charlize Theron.
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