A arrecadação federal de impostos registrou recorde para meses de novembro, mas os números não surpreendem, já que o governo antecipou amplamente os resultados. A alta real - descontada a inflação - foi de 27,08% sobre novembro do ano passado, somando R$ 112,517 bilhões.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia anunciado uma arrecadação recorde acima de R$ 110 bilhões, complementando que tal resultado vai ajudar a melhorar o resultado fiscal do ano. O desempenho foi obtido com a entrada de R$ 20,376 bilhões referente aos parcelamentos de dívidas especiais com a União (Refis).
Em outubro, o recolhimento de tributos somou R$ 100,999 bilhões, alta real de 5,43% e valor recorde para meses de outubro. Em novembro do ano passado, o montante arrecadado foi de R$ 88,541 bilhões.
No acumulado do ano, a arrecadação somou R$ 1,019 trilhão, aumento real de 3,63% sobre igual período do ano passado.
Sem correção inflacionária, a receita com impostos e contribuições teve alta de 34,42% em novembro ante mesmo mês do ano passado. Já no acumulado de janeiro a novembro, essa variação foi de 10,15%.
As receitas administradas pela Receita mostraram alta real de 27,6%, para R$ 110,583 bilhões, ante novembro do ano passado. A alta nominal ficou em 34,97%. No ano, essas receitas somam R$ 984,014 bilhões. Esse valor representa uma alta real de 3,94% em relação a igual período de 2012 e uma alta nominal de 10,47%.
A receita própria de outros órgãos federais totalizou R$ 1,934 bilhão no mês passado, alta em termos reais de 3,08% na comparação com o mesmo mês de 2012. No acumulado do ano, essa arrecadação é de R$ 35,947 bilhões, queda real de 4,1% no comparativo anual.
Em termos nominais, as receitas próprias de outros órgãos subiram 9,03% em novembro ante novembro do ano passado. No acumulado do ano, houve aumento nominal de 1,89%.
16 de dezembro de 2013
Eduardo Campos e Thiago Resende - Valor
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