Fórum Econômico Mundial: aumento do abismo social na América Latina preocupa. Brasil atrairá o foco na região, aponta pesquisa da entidade
GENEBRA - Os líderes da América Latina que se preparem: uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial sobre tendências para 2014, junto a 1.500 especialistas de diversas áreas, coloca o aumento da disparidade entre ricos e pobres como principal risco para a região, seguida de preocupações com crescimento econômico e educação. Quanto ao Brasil, cerca de 41% dos consultados apontaram problemas econômicos e financeiros como as “questões mais urgentes”.
Por outro lado, a pesquisa indica que o Brasil “é o país que vai atrair o foco na região”, por ser hoje o segundo maior mercado emergente, atrás da China. Mas, como outros países, da América Latina, tem um grande desafio pela frente:
- De maneira geral, problemas de desigualdade na América Latina não melhoraram, o que não ajudou a incentivar as pessoas e tem manchado nossa reputação no mundo - constatou o boliviano Enrique García, presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (Caf), que preside o conselho do Fórum para a agenda latino-americana.
Já com relação à China, só 10% dos entrevistados apontaram problemas econômicos como uma preocupação. Sem surpresa, para a Grécia, 99% citaram a crise como principal tendência. A economia americana também preocupa muitos: 65%. E a do Reino Unido, ainda mais, 83%.
Na América do Norte, sobretudo nos Estados Unidos, o crescimento do fosso entre ricos e pobres preocupa 60% dos entrevistados, contra 64% na América Latina e na Ásia, 86% na Itália e 89% na Espanha. A pesquisa, chamada de “Outlook on the Global Agenda”, também constata que governos e população estão cada vez mais dissociados. A crise de legitimidade de governos e instituições é uma das dez tendências identificadas para 2014 .
- As pessoas, principalmente os jovens, perderam a crença em políticas econômicas - afirmou John Lipsky, professor do School of Advanced Internacional Studies e um dos envolvidos na pesquisa.
Outras tendências são verificados pelo estudo do Fórum Econômico Mundial são: crescimento da tensão social na América do Norte, nas sociedades do Oriente Médio e na África; aumento de ataques cibernéticos; falta de ação para o combate às mudanças climáticas; expansão da classe média na Ásia; crescimento da importância das megacidades; e aumento da desinformação na internet.
16 de novembro de 2013
Deborah Berlinck - O Globo
Por outro lado, a pesquisa indica que o Brasil “é o país que vai atrair o foco na região”, por ser hoje o segundo maior mercado emergente, atrás da China. Mas, como outros países, da América Latina, tem um grande desafio pela frente:
- De maneira geral, problemas de desigualdade na América Latina não melhoraram, o que não ajudou a incentivar as pessoas e tem manchado nossa reputação no mundo - constatou o boliviano Enrique García, presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (Caf), que preside o conselho do Fórum para a agenda latino-americana.
Já com relação à China, só 10% dos entrevistados apontaram problemas econômicos como uma preocupação. Sem surpresa, para a Grécia, 99% citaram a crise como principal tendência. A economia americana também preocupa muitos: 65%. E a do Reino Unido, ainda mais, 83%.
Na América do Norte, sobretudo nos Estados Unidos, o crescimento do fosso entre ricos e pobres preocupa 60% dos entrevistados, contra 64% na América Latina e na Ásia, 86% na Itália e 89% na Espanha. A pesquisa, chamada de “Outlook on the Global Agenda”, também constata que governos e população estão cada vez mais dissociados. A crise de legitimidade de governos e instituições é uma das dez tendências identificadas para 2014 .
- As pessoas, principalmente os jovens, perderam a crença em políticas econômicas - afirmou John Lipsky, professor do School of Advanced Internacional Studies e um dos envolvidos na pesquisa.
Outras tendências são verificados pelo estudo do Fórum Econômico Mundial são: crescimento da tensão social na América do Norte, nas sociedades do Oriente Médio e na África; aumento de ataques cibernéticos; falta de ação para o combate às mudanças climáticas; expansão da classe média na Ásia; crescimento da importância das megacidades; e aumento da desinformação na internet.
16 de novembro de 2013
Deborah Berlinck - O Globo
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