Salvar o planeta, proteger os índios, cuidar das crianças africanas, enfrentar os ricos capitalistas em nome da justiça social, pagar a dívida histórica com os negros, acabar com as guerras, enaltecer as diferenças culturais, idealizar os jovens – estas são algumas das bandeiras dos abnegados artistas e intelectuais. Os grandes defensores dos fracos e oprimidos contra as elites – como se não fossem parte da elite.
Há um pequeno detalhe: normalmente muitos deles são ricos graças ao capitalismo que atacam; vivem no conforto do Ocidente que desprezam; gozam da liberdade de expressão que inexiste na Cuba que tanto proclamam; e desfrutam da paz e da segurança conquistadas pelo poder militar do Tio Sam que abominam.
Ninguém melhor do que Roberto Campos resumiu o fenômeno: “É divertidíssima a esquizofrenia de nossos intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram três coisas que só o capitalismo sabe dar – bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês; trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola.Rodrigo Constantino,
em “Esquerda Caviar”
04 de novembro de 2013
graça no país das maravilhas
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