"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

SÍNDROME DO ENCARCERAMENTO (DA GERAÇÃO INTERNET)


 
Ficarei devendo os termos em japonês, pois é de lá que veio o alerta: cada vez mais os nossos filhos, sejam crianças, adolescentes ou adultos jovens, se isolam nos seus cantos, nos quartos, prisioneiros das telas de games, computadores, smartphones!
 
Geração tecnofílica, viciadíssima em telas, indiferentes afetivamente aos pais e família, calados, monossilábicos.
Os filhos modernos estão em verdadeiras solitárias, e o que mais espanta a todos é que, aparentemente, eles estão satisfeitos com isso.
 
A geração Google é muito mais frágil, dependente e ignorante do que pais e professores possam imaginar. Senão, vejamos:
 
1) Desmemoriados e futuros dementes: cresce a linha dos pesquisadores que afirmam ser esta a pior geração em 200 anos, pois sonegar a sabedoria e vivência de pais e avós, crescer sem sabedoria, sem destreza psicomotora resulta em seres passivos, embora mais agressivos e inamistosos.
Então, nada de sentir que a linguagem cibernética, a rapidez de teclar ou usar celular, computador, som e TV ao mesmo tempo é vantajoso.
Qual dos nossos filhos iria sobreviver ou se virar num mundo sem internet ou eletricidade? Cenário, aliás, perfeitamente possível, segundo alguns futurólogos. Eu, particularmente, adoraria ouvir: ” vovô Google, me conta um pouco sobre o império romano? Me explica o que é fotossíntese? Como faz a raiz quadrada de…? ”

2) Banalização da violência, sexualidade, uso e abuso do álcool e drogas: um pré-adolescente nos EUA, aos 10 anos, já assistiu ao vivo, pela internet, TV ou games, mais de 15 mil mortes violentas, seja no YouTube, redes sociais. Ou sexo, que é algo viral na internet, e pior: dos mais selvagens, grupais, doentios, à disposição nesta verdadeira zona virtual que virou a internet!

3) Falsa autossuficiência, indiferença: outro traço comum nos nascidos após 1978 , a dita geração Y, é o isolamento afetivo dos pais e família. Viciados e dependente de tecnologia são quase filhos de chocadeira eletrônica.
Dão pouco valor às relações em casa, têm milhares de amigos nas redes, mas tímidos afetivamente, passam em branco no convívio do dia-a-dia. Infelizmente, apenas 1/3 dos jovens desta geração se tornará independente, se dará bem nas atividades profissionais ou de estudo.
Tanto que um termo tem sido muito usado: “geração nem-nem “. Nem querem trabalhar, nem querem estudar…

4) São carentes e mal resolvidos: apesar de tudo isso, são carentes de um cafuné, de abraço amigo, de segurança. Afinal, mesmo nas clausuras de seus quartos, no isolamento afetivo, no vício das telas, não tenhamos dúvidas que nossos filhos são muito semelhantes a nós e a nossos bisavós: são ansiosos, angustiados, medrosos, ciumentos, inseguros, confusos.
Infelizmente, precocemente adultos, pois já não guardam a ingenuidade e inocência que eram típicos da infância e adolescência até uma geração atrás.
E ainda assim são muito mais imaturos, pouco sábios, pouco artesanais, menos românticos e menos lúdicos e alegres que nós. Sem história para contar, pois a tela e conteúdos são tão semelhantes, que dificilmente fazem ou vivem situações que seja digno de nota.
Memória depende do afeto e nós registramos sempre o que é emocionante. Quando as telas impedem experiência reais, sensoriais, não há história para contar.

LEI DO MERECIMENTO

Senhores pais e educadores, me poupem de ouvir frases como: onde é que errei, ou vir com mil culpas e frustrações de mal amados e descartáveis. Não há joguinhos de chantagem emocional, culpa, pena, dó, mal trato, constrangimentos, ciúmes de irmãos ou qualquer forma de ganho secundário.

Reassuma o comando, estabeleça limites e imponha a Lei do Merecimento: merece, tem, não merece, deixa de ter! Vai trabalhar, estudar, acorde cedo e limite no tempo de tela.
No exterior já tem escolas e pais que recolhem os eletrônicos para não ser enganados. Se na natureza há um tempo para tudo, por que nossos filhos tem que ter tudo o tempo todo?

A libertação de nossos filhos de suas celas virtuais é questão de tempo! Computador não faz carinho, não abraça, não chora no colo! Sim, somos essenciais, somos o real, o sensorial, o porto seguro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário