Como bons políticos de estimação, Cid e Ciro Gomes estão cumprindo a tarefa de forma exemplar.
Cid e Ciro Gomes, tarefeiros de estimação de Lula e Dilma.
O governador do Ceará, Cid Gomes, disse nesta segunda-feira que não acredita que o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, será candidato à sucessão presidencial e avaliou que o socialista "não reúne, no momento, o mínimo de condições objetivas para ser candidato".
O governador lembrou que, nas eleições de 2010, o seu irmão, Ciro Gomes, tinha, nas pesquisas eleitorais, 18% das intenções de voto e, mesmo assim, o PSB optou por não lançar candidatura . Ele ressaltou, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que, atualmente, Eduardo Campos tem um percentual menor: de 4%.
- Eu penso que o Eduardo Campos não vai ser candidato. Eu acredito e disse isso para ele. Ele não reúne, no momento, o mínimo de condições objetivas para ser candidato - disse o governador, que acrescentou:
- A Dilma Rousseff está no meio (da gestão) e até hoje nós participamos do governo. A gente vai, em uma hora como essa, sair, no momento que a gente viu que tem uma certa complicação? Isso também passa uma ideia de oportunismo - disse.
Ás vésperas de ingressar no PROS, o governador afirmou que sofreu hostilidades no PSB e disse que foi expulso moralmente da sigla. Ele considerou que Eduardo Campos é progressista, mas que a legenda tem pendido atualmente para apoiar o PSDB. Na avaliação dele, faltou um maior diálogo com o PSB para evitar seu desembarque do governo federal. Para ele, o presidente nacional da legenda "pode estar querendo carinho além da conta".
- Eu disse para a presidenta Dilma Rousseff: "Presidenta, insista com o Eduardo Campos, acaricie, todo mundo gosta disso". E ela disse: "Está bem, Cid Gomes, eu vou ver". O fato é que ela não recebeu os caras - afirmou Cid Gomes. O governador do Ceará disse ainda que Eduardo Campos "está vendo chifre em cabeça de cavalo" ao avaliar que o PT atuou para enfraquecer o PSB nos estados e municípios. Segundo ele, o presidente nacional do PSB tinha uma relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não conseguiu ter com a presidente Dilma Rousseff.
Ele avaliou ainda que o PT representa um sentimento de trabalhadores organizados, mas, quando chegou ao poder, um segmento da sigla passou a exercer o poder pelo poder. Apesar de ter se posicionado como favorável à reeleição da presidente, fez elogios ao presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, maior adversário de Dilma Rousseff nas eleições do ano que vem.
- O Aécio Neves é um grande brasileiro, é um homem de diálogo, que compreende o Brasil, tem sensibilidade para as regiões menos desenvolvidas. E tem um grande mérito: sabe escolher bons assessores - elogiou.
Antes de participar do Roda Viva, Cid Gomes falou com o GLOBO. Ele disse que o seu grupo político definirá nesta terça-feira o partido a que se filiará, mas destacou a vantagem de se ingressar em um partido novo. Segundo ele, há a preocupação entre seus aliados de se evitar conflitos na base aliada, possibilidade menor em uma legenda recém-criada. Ele ressaltou que o diálogo avançou mais com dois partidos: PROS e PDT. Este último, segundo ele, pela afinidade ideológica.
O governador do Ceará disse ainda que tem informado todos os seus passo políticos à presidente Dilma Rousseff. A ida do grupo de Cid Gomes ao PROS é bem-vista por petistas, que dão como certa a entrada da nova legenda na base aliada do governo federal. — Há uma preocupação ideológica e também de evitar conflitos na base. Se você vai para um partido que já existe, a possibilidade de ter mais conflitos na base é maior. Se você vai para um partido novo, a possibilidade é menor – afirmou o governador ao GLOBO.
01 de outubro de 2013
in coroneLeaks
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