Super Barbosa faz crítica inútil ao elevado número de partidos no País das urnas eletrônicas inauditáveis
01 de outubro de 2013
O mais alto cargo do Judiciário novamente volta a dar pitaco em questões político-legislativas, ganhando amplo destaque midiático. Joaquim Barbosa classificou de péssima a criação de novos partidos políticos no Brasil, condenando também a proliferação de legendas. O debate é estéril porque não é a quantidade de partidos que garante ou deixa de garantir a qualidade da inexistente democracia – em um sistema em que a insegurança do Direito interfere na ação política.
Probleminha é que o presidente do Supremo Tribunal Federal choveu no molhado e caiu no lugar comum, ao reclamar que “nenhum sistema político funciona bem com dez, 12, 15, muito menos com 30 partidos”. Outra falta de visão do que é a política é defender a questionável tese de que “só sobrevivem aqueles partidos que continuam a ter representatividade no Congresso” – como se tal fato é que fosse a essência da ação política, no seu sentido mais puro e necessário à cidadania.
De nada adianta Barbosa criticar o Tribunal Superior Eleitoral por ter aprovado a criação de mais dois partidos: o PROS e o Solidariedade. Também faz pouca diferença se o Brasil tem 32 ou mais partidos. Por que o Super Barbosa não foi mais fundo na questão da representatividade, enfatizando a necessidade de um sistema que realmente represente o eleitor, em um formato distrital puro ou misto, por exemplo?
De que adianta Barbosa reacender uma polêmica sobre a clausula de barreira de representatividade, que já foi aprovada pelo Congresso, porém derrubada pelo Supremo Tribunal Federal?
Por que o Super Barbosa não entra mais fundo em questões fundamentais do processo eleitoral, como a introdução de um mecanismo mínimo de auditagem impressa do voto nas urnas eletrônicas às quais a Justiça Eleitoral atribui uma dogmática “confiabilidade total”?
Enfim, mais uma vez perde-se tempo jogando aos ventos opiniões irrelevantes em debate, enquanto se deixa de discutir pontos fundamentais do processo político no Brasil. Enquanto membros da Justiça investem tempo lançando polêmicas inúteis, a impunidade continua rolando solta por Bruzundanga afora...
Metamorfose politicamente ambulante
Padrão Cor de Rose de Candidatura...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
01 de outubro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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