"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

ROMBO NAS CONTAS EXTERNAS BATE RECORDE COM DILMA E MANTEGA: U$ 58 BILHÕES ATÉ AGOSTO


dilma e mantega
 
O deficit nas contas externas do país alcançou o patamar recorde de US$ 58 bilhões de janeiro a agosto. O número supera o resultado negativo acumulado em todo o ano passado, quando o saldo já havia sido recorde, de US$ 54,2 bilhões, informou ontem o Banco Central. Se o rombo cresce, o investimento estrangeiro direto (IED, os recursos direcionados ao setor produtivo) deve ser menor do que o esperado. A autoridade monetária reviu de US$ 65 bilhões para US$ 60 bilhões a estimativa de ingresso desse capital em 2013.
 
O resultado das transações correntes reflete as trocas do Brasil com outros países. Inclui importação e exportação de bens, gastos e receitas com serviços, como viagens, e remessas de lucros, ganhos e pagamentos de juros. O investimento estrangeiro direto é considerado a melhor forma de financiar o deficit, por ser um fluxo menos volátil e não implicar maior endividamento.
 
O problema é que o BC estima um deficit em transações correntes de US$ 75 bilhões no ano, bem acima da projeção para a entrada de investimento estrangeiro direto. Confirmada a projeção, será a primeira vez desde 2001 que esse tipo de aporte não é capaz de bancar o deficit. O mês de agosto mostrou o descompasso: enquanto o IED foi de US$ 3,8 bilhões, redução de 25% ante 2012, o deficit ficou em US$ 5,5 bilhões, mais que o dobro do verificado no mesmo mês de 2012.
 
Para a autoridade monetária, contudo, o quadro permanece confortável, já que cerca de 80% das transações correntes ainda serão financiadas pelos investimentos estrangeiros diretos. A parcela restante é coberta por investimentos no mercado financeiro e empréstimos. "Os fluxos de IED no mundo foram menores do que o no passado. Os países receberam menos. O Brasil permaneceu bem situado, em patamar elevado", afirmou Tulio Maciel, chefe do departamento econômico do BC.
 
BALANÇA COMERCIAL
 
O Banco Central voltou a apontar a balança comercial (a diferença entre importações e exportações de bens), como maior responsável pelo resultado das contas externas. Entre janeiro e agosto, o indicador apresentou deficit de US$ 3,8 bilhões, ante superavit de US$ 13,1 bilhões no mesmo período de 2012.
 
Diante disso, o BC refez as contas para a balança no fim do ano, reduzindo de US$ 7 bilhões para US$ 2 bilhões a expectativa de saldo positivo. Em março, o superavit esperado era de US$ 15 bilhões. A manutenção da projeção de deficit na conta-corrente em US$ 75 bilhões foi possível porque o BC também rebaixou a expectativa para a remessa de lucros e dividendos ao exterior, de US$ 30 bilhões para US$ 26 bilhões.
 
(Folha de São Paulo)
 
25 de setembro de 2013
in coroneLeaks

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