Em menos de 24 horas, o governador gaúcho Tarso Genro (PT) sofreu dois revezes.
Na noite de segunda-feira, o PSB decidiu abandonar o seu governo, devolvendo-lhe a Secretaria de Infraestrutura e Logística. Convidado a ocupar a poltrona, o PDT refugou a oferta nesta terça-feira.
Em nota, Romildo Bolzan Júnior, presidente do PDT no Rio Grande do Sul, explicou que seu partido articula a “construção de uma candidatura própria” ao governo estadual. Ou seja, medirá forças com o PT de Tarso, que disputará a reeleição. O candidato deve ser o deputado federal Vieira da Cunha.
Romildo anotou que o PDT pretendia tomar uma decisão até novembro. Porém, o assédio de Tarso deve levar a uma precipitação do processo. “…Entendemos que, em face desse convite, anteciparemos o nosso processo de decisão interna.” Assim, além de não nomear um auxiliar do PDT, o governador pode perder três.
O PDT ocupa sob Tarso Genro poltronas cobiçadas: Secretaria de Saúde, Secretaria de Esporte e Lazer, e Gabinete dos Prefeitos, por meio do qual o governo estadual se relaciona com os municípios. Confirmando-se a opção pela candidatura própria, o PDT terá de devolver esses cargos.
Um comentário feito pelo deputado federal Beto Albuquerque derramou pimenta no chimarrão. Líder do PSB na Câmara e presidente do partido no Rio Grande do Sul, Beto respondeu a uma provocação de internauta com o seguinte comentário: “PDT poderá estar no palanque de Eduardo Campos!”
Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi já se derreteu por Eduardo Campos em público. Confirmando-se o vaticínio de Beto Albuquerque, o partido que hoje manda e, sobretudo, desmanda no Ministério do Trabalho, logo dará adeus também a Dilma Rousseff, deixando para trás o legado de escândalos.
25 de setembro de 2013
Josias de Souza - UOL
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