"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

SEM ACESSO À TELEVISÃO, INFLUÊNCIA DE LULA CAI SENSIVELMENTE NESTA SUCESSÃO

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Charge do Paixão (Gazeta do Povo)
Reportagem de Gustavo Schmitt e André de Souza, manchete principal da edição de ontem de O Globo, focaliza a decisão da juíza Carolina Lebbos, que rejeitou requerimento do PT no sentido de que o ex-presidente Lula pudesse gravar vídeos e dar entrevistas manifestando seu apoio ao candidato que escolhesse para as urnas de outubro próximo. O pedido foi endossado também pelos advogados que o defendem na justiça. Carolina Lebbos acrescentou que o veto se aplica mesmo que o Partido dos Trabalhadores lance a candidatura de Lula à sucessão presidencial.
Na realidade, se não puder participar da campanha, o alcance de sua manifestação em favor deste ou daquele nome será fortemente reduzida. Pode-se questionar a proibição de que ele veicule sua opinião ao longo da campanha que oficialmente se inicia a 15 de agosto, porque nada pode impedi-lo de enviar mensagens através de pessoas que forem visitá-lo em Curitiba. Mas de qualquer forma sua voz não ecoará com intensidade se pudesse ele aparecer na tela do horário eleitoral.
SOMENTE MENSAGENS – Restam a Lula as mensagens que puder enviar por intermédio de seus correligionários através das redes sociais da Internet. A sucessão presidencial, assim, deixa de contar com o expressivo apoio que o ex-presidente ainda detém. Isso porque tanto as pesquisas do Ibope quanto as do Datafolha, ao longo dos meses, apontam para ele um apoio em torno de 30% do eleitorado brasileiro. É verdade que ele também é o nome em relação ao qual verifica-se a maior rejeição. Porém, rejeição é uma coisa, o voto é outra.
Entretanto como ele não poderá ser candidato, a liderança nas pesquisas significa apenas seu poder de influir na luta sucessória. De qualquer forma o quadro da sucessão presidencial não aponta para qualquer pré candidato um percentual do mesmo nível que as preferências para Luiz Inácio Lula da Silva.
LONGE DE LULA – O máximo alcançado por um pré-candidato é de 18 pontos, acentuando a liderança de Jair Bolsonaro. Marina SIlva vem em segundo com 15 pontos. Permanecendo esse panorama, no segundo turno Marina Silva até venceria Bolsonaro.
Existem algumas dúvidas em relação a outros pré candidatos. A mais acentuada refere-se ao fraco desempenho de Geraldo Alckmin. Sua equipe busca somar apoios, mas isso é problemático. O candidato, antes de mais nada, tem que se fortalecer por si próprio, as alianças vêm em função de sua força eleitoral.
Isso me foi dito em 1963 pelo ex-presidente Juscelino, numa entrevista ao Correio da Manhã. Ele estava absolutamente certo, se o candidato é forte os apoios vêm em decorrência. Ninguém pode se eleger presidente da República se contar essencialmente com apoio de outros políticos e partidos.
Enfim, a decisão da juíza Carolina Lebbos acrescenta mais um capítulo ao cenário político em 2018.
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DIMINUIÇÃO DE SALÁRIO NÃO DÁ VOTO A NINGUÉM         
Reportagem de Bárbara Nascimento e Manoel Ventura, também na edição de ontem de O Globo, revela que na proposta de orçamento de 2019 enviada pelo presidente Michel Temer ao Congresso não estava previsto nenhum reajuste para o funcionalismo público. Nem ao menos um dispositivo que aplicasse a correção à base da taxa inflacionária de 2018.
Portanto, a intenção do Palácio do Planalto era diminuir os vencimentos do funcionalismo. Até hoje ele não aplicou o índice inflacionário de 2017 que foi de 2,9%.
Como pode um presidente pedir apoio eleitoral para qualquer candidato. O funcionalismo vai às urnas em outubro.

13 de julho de 2018
Pedro do Coutto

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