O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato em segunda instância, determinou que não seja cumprida a decisão do plantonista Rogério Favreto, que mandou soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “DETERMINO que a autoridade coatora e a Polícia Federal do Paraná se abstenham de praticar qualquer ato que modifique a decisão colegiada da 8ª Turma”, diz o texto.
Na manhã neste domingo (8), o desembargador federal plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Rogério Favreto, decidiu conceder liberdade a Lula. Lula foi condenado no processo do triplex, no âmbito da Operação Lava Jato, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
MORO CONSULTA – Em seguida, o juiz Sérgio Moro consultou o presidente do Tribunal, que recomendou ouvir o relator Gebran Neto, porque o desembargador plantonista não tem competência para mandar soltar Lula. De acordo com o juiz Moro, caso ele ou a autoridade policial cumprisse a decisão, estaria “concomitantemente” descumprindo a ordem de prisão do Colegiado da 8ª Turma do TRF-4.
No início da tarde, o procurador regional da República plantonista José Osmar Pumes se manifestou. Ele pediu a reconsideração da decisão sobre o pedido de soltura de Lula.
“O Ministério Público Federal requer que seja reconsiderada a decisão liminar, para que seja suspensa a determinação contida no evento 3, recolhendo-se o alvará de soltura, até que o pedido de habeas corpus aqui tratado seja submetido ao escrutínio da c. 8ª Turma dessa Corte”, apontou o procurador.
LULA SEGUE PRESO – Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é o primeiro ex-presidente do Brasil condenado por crime comum. O petista se entregou à Polícia Federal no dia 7 de abril e está recolhido a uma sala especial de 15 metros quadrados, no 4º andar do prédio da PF, com cama, mesa e um banheiro de uso pessoal. O espaço reservado é um direito previsto em lei.
O ex-presidente foi condenado por receber o triplex no litoral de SP como propina dissimulada da construtora OAS para favorecer a empresa em contratos com a Petrobras. O ex-presidente nega as acusações e afirma ser inocente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O desembargador petista Rogério Favreto (que só se desfiliou do partido para assumir como desembargador federal, nomeado por Dilma Rousseff) disse que ia fazer e acontecer, inclusive soltar Lula e mandar prender o juiz Moro. Era tudo conversa fiada. Sua ordem simplesmente não valeu e ele agora tem de se recolher à sua insignificância. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O desembargador petista Rogério Favreto (que só se desfiliou do partido para assumir como desembargador federal, nomeado por Dilma Rousseff) disse que ia fazer e acontecer, inclusive soltar Lula e mandar prender o juiz Moro. Era tudo conversa fiada. Sua ordem simplesmente não valeu e ele agora tem de se recolher à sua insignificância. (C.N.)
08 de julho de 2018
Por G1 RS
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