Que Lula não será candidato a presidente, ok, todos concordam. Sua “candidatura” será mantida, no limite, até setembro. Até porque, de acordo com o raciocínio da cúpula petista, quanto mais tarde o candidato real for apresentado ao eleitor, melhor. Assim, fica por mais tempo preservado de ataques. Mas quem será “o candidato do Lula”?
Fernando Haddad tem trabalhado para isso e, de fato, pode vir a ser o escolhido. Mas quem o presidiário de Curitiba continua querendo ungir é Jaques Wagner.
O ex-governador continua relutante — é o favorito para a disputa ao Senado na Bahia. Mas também ele, indiciado pela PF no âmbito da Lava-Jato, prefere ficar protegido na sombra nesta pré-campanha.
SEGURA O DÓLAR – Nos encontros que a equipe econômica tem tido com os assessores econômicos dos candidatos há alguns consensos. Um deles: todos se preocupam em pedir ao Ministério da Fazenda que segure o dólar nestes meses de volatilidade pré-eleitoral.
Até agora, houve conversas com Paulo Guedes (Jair Bolsonaro), Pérsio Arida (Geraldo Alckmin) e Mauro Benevides (Ciro Gomes).
A propósito, há cerca de um ano, a partir das revelações da delação da JBS, criou-se um mito de que a economia estava descolada da política. Como isso não é possível, ao menos por mais do que alguns meses, a realidade se impôs.
08 de julho de 2018
Lauro Jardim
O Globo
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