Há, nas redes sociais, além das discussões de caráter geral, uma que se restringe a notícias falsas, fake news publicadas sem critérios e multiplicadas por usuários ignorantes que não se dão ao trabalho de verificar a veracidade das informações, e as viralizam tornando-as verdades.
Outros usuários das redes replicam essas notícias por absoluta má-fé e com o intuito de prejudicar pessoas ou instituições, deixando-as expostas; e estas, por outro lado, precisam refutar a acusação, gastando tempo e dinheiro para manterem suas reputações.
Muito se fala em controlar a mentira e a farsa, no entanto, a cada visualização das falsas notícias, elas se multiplicam tornando quase impossível o seu controle.
Órgãos de imprensa conceituados muitas das vezes têm publicado fake news por absoluta falta de atenção de seus editores. Se não bastassem as avaliações precipitadas de analistas que, em não raras situações, anunciam a renúncia ou derrubada de governantes, simplesmente porque assim desejam e torcem para que o “furo” se realize. A informação é divulgada para milhões de leitores ; seja verdade ou não. No dia seguinte, esses leitores não recebem nem pedidos de desculpas, e a inverdade se transforma naturalmente em fakes análises. Isto não é bom, e poderia ser facilmente controlado por ombudsmans.
Por outro lado, há sites, blogs e jornais eletrônicos que publicam notícias devidamente apuradas, para não incorrem nos mesmos erros.
Recentemente, um áudio viralizou nas redes; tratava-se de uma suposta gravação que teria sido feita e divulgada pelo juiz federal Glaucenir Oliveira, da vara federal de Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro. A gravação imputa sérias acusações ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
O áudio é assunto da maior gravidade e percorre as redes sociais sem que nenhum órgão de imprensa, com seus repórteres investigativos, busque ouvir o juiz para apurar se, de fato, a gravação é verdadeira. Apesar da determinação do ministro Gilmar Mendes para que seja investigada a origem da fala e o seu autor; até agora, a gravação é considerada uma true fake.
Outra notícia é a entrevista à Revista Press, do procurador da República Manoel Pastana, em que afirma que o “MPF é local onde vi mais ilegalidades”. Pastrana atuou na “lava jato” e, com conhecimento, anuncia questão relevante sobre o Ministério Público Federal. O jornal eletrônico “Conjur” replicou a entrevista no dia 6 de janeiro deste ano e, ainda, não se viu nenhuma autoridade do MPF se manifestar sobre tão grave denúncia.
Há 17 anos, o arquiteto Carlos Magalhães da Silveira, então representante de Oscar Niemeyer e responsável pela fiscalização de obras do mestre, denunciou tentativa de suborno que sofreu, quando da construção da sede da Procuradoria da República. Magalhães acusou funcionários da procuradoria como interlocutores de construtora. O processo, em segredo de justiça, está tramitando na Justiça, até agora sem solução. A notícia, mais antiga do que as redes sociais, é mantida em regime de “fake news”, apesar de “true news”; não viraliza na internet, e, tampouco, é desmentida.
As eleições estão aí. Os batalhões de robôs e harckeres sequiosos controladores das redes sociais, também estão aí prontos para destruírem reputações com mentiras ou verdades e eliminarem candidatos bons ou ruins.
11 de janeiro de 2018
Paulo Castelo Branco
Outros usuários das redes replicam essas notícias por absoluta má-fé e com o intuito de prejudicar pessoas ou instituições, deixando-as expostas; e estas, por outro lado, precisam refutar a acusação, gastando tempo e dinheiro para manterem suas reputações.
Muito se fala em controlar a mentira e a farsa, no entanto, a cada visualização das falsas notícias, elas se multiplicam tornando quase impossível o seu controle.
Órgãos de imprensa conceituados muitas das vezes têm publicado fake news por absoluta falta de atenção de seus editores. Se não bastassem as avaliações precipitadas de analistas que, em não raras situações, anunciam a renúncia ou derrubada de governantes, simplesmente porque assim desejam e torcem para que o “furo” se realize. A informação é divulgada para milhões de leitores ; seja verdade ou não. No dia seguinte, esses leitores não recebem nem pedidos de desculpas, e a inverdade se transforma naturalmente em fakes análises. Isto não é bom, e poderia ser facilmente controlado por ombudsmans.
Por outro lado, há sites, blogs e jornais eletrônicos que publicam notícias devidamente apuradas, para não incorrem nos mesmos erros.
Recentemente, um áudio viralizou nas redes; tratava-se de uma suposta gravação que teria sido feita e divulgada pelo juiz federal Glaucenir Oliveira, da vara federal de Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro. A gravação imputa sérias acusações ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.
O áudio é assunto da maior gravidade e percorre as redes sociais sem que nenhum órgão de imprensa, com seus repórteres investigativos, busque ouvir o juiz para apurar se, de fato, a gravação é verdadeira. Apesar da determinação do ministro Gilmar Mendes para que seja investigada a origem da fala e o seu autor; até agora, a gravação é considerada uma true fake.
Outra notícia é a entrevista à Revista Press, do procurador da República Manoel Pastana, em que afirma que o “MPF é local onde vi mais ilegalidades”. Pastrana atuou na “lava jato” e, com conhecimento, anuncia questão relevante sobre o Ministério Público Federal. O jornal eletrônico “Conjur” replicou a entrevista no dia 6 de janeiro deste ano e, ainda, não se viu nenhuma autoridade do MPF se manifestar sobre tão grave denúncia.
Há 17 anos, o arquiteto Carlos Magalhães da Silveira, então representante de Oscar Niemeyer e responsável pela fiscalização de obras do mestre, denunciou tentativa de suborno que sofreu, quando da construção da sede da Procuradoria da República. Magalhães acusou funcionários da procuradoria como interlocutores de construtora. O processo, em segredo de justiça, está tramitando na Justiça, até agora sem solução. A notícia, mais antiga do que as redes sociais, é mantida em regime de “fake news”, apesar de “true news”; não viraliza na internet, e, tampouco, é desmentida.
As eleições estão aí. Os batalhões de robôs e harckeres sequiosos controladores das redes sociais, também estão aí prontos para destruírem reputações com mentiras ou verdades e eliminarem candidatos bons ou ruins.
11 de janeiro de 2018
Paulo Castelo Branco
Nenhum comentário:
Postar um comentário