É a velha cantilena das esquerdas, sempre retrógradas e a favor da bandidagem. Ninguém faz nada, a começar pelos governadores, contra o vergonhoso recorde mundial de policiais assassinados.
Texto de J.R.Guzzo
Fecharam, enfim, as contas do ano, e ficou definitivamente estabelecido que 134 policiais foram assassinados no Rio de Janeiro em 2017 – quer dizer, um a cada três dias, e se você estiver achando que não existe nada de realmente extraordinário com esses números é bom parar e pensar um pouco. Um policial morto a cada três dias – num total de quase 300 alvejados à bala — numa cidade que não está em guerra aberta com um inimigo estrangeiro armado é uma aberração.
Reagir com indiferença a esse fato é uma aberração maior ainda. E governos estaduais que aceitam passivamente o massacre de seus policiais são a maior de todas as aberrações. Eles se recusam a tomar claramente o partido da polícia contra o crime, por morrerem de medo de serem chamados de “direitistas” na mídia, nas ONGs, etc. Deveriam ser réus do crime de traição – passaram para o lado do inimigo, colaboram com ele e abandonaram a população que são pagos para proteger.
Ainda não há números fechados sobre o total de policiais mortos no Brasil em 2017, mas as estimativas são de que a soma passe dos 500.
Ainda não há números fechados sobre o total de policiais mortos no Brasil em 2017, mas as estimativas são de que a soma passe dos 500.
Ou seja: a situação geral é um desastre, e no Rio, especialmente, tornou-se uma calamidade. É cansativo ficar discutindo já no começo do ano a mesma conversa que vai durar o ano inteiro sobre o assunto.
Segundo garantem os nossos intelectuais, comunicadores e formadores de opinião, os policiais brasileiros são assassinados porque são violentos demais, matam mais bandidos do que deveriam, e criam um ambiente de revolta popular contra si próprios nas “comunidades”.
De acordo com essa sabedoria acumulada, os criminosos não sentem estímulo para criar um diálogo com a polícia, e acabam reagindo à violência de que são vítimas. Em suma, é como se os bandidos, ao assassinarem um PM, estivessem exercendo o seu direito de legítima defesa.
Nenhuma ONG, bispo, procurador público ou órgão de imprensa diz as coisas exatamente assim, e exatamente com essas palavras. Mas é exatamente esse o seu pensamento. Experimente discordar; experimente dizer que os policiais, com todas as suas falhas, defendem a população e a lei contra os seus agressores — e que os bandidos fazem o exato contrário disso. Será chamado imediatamente de “Bolsonaro”.
Nada é mais fácil achar do que relatórios nacionais e internacionais informando que a polícia brasileira mata mais que a da Cochinchina. Que mata mais per capita. Que mata mais por metro quadrado. Que mata em um mês o que se mata por lá em dez anos. Já os criminosos mortos em choques com a polícia no Brasil são comumente descritos como “suspeitos”, mesmo quando apanhados em flagrante de crime, ou como “rapazes”, “pessoas”, “moradores” e por aí vai.
Nada é mais fácil achar do que relatórios nacionais e internacionais informando que a polícia brasileira mata mais que a da Cochinchina. Que mata mais per capita. Que mata mais por metro quadrado. Que mata em um mês o que se mata por lá em dez anos. Já os criminosos mortos em choques com a polícia no Brasil são comumente descritos como “suspeitos”, mesmo quando apanhados em flagrante de crime, ou como “rapazes”, “pessoas”, “moradores” e por aí vai.
A mensagem passada pelo partido anti-polícia, que engloba praticamente tudo que se possa descrever como “esquerda” neste país, é a seguinte: policial bom é policial morto. Os outros, os bandidos, são vítimas sociais. São as forças da “resistência”. São, na falta de outros, os “revolucionários” de hoje.
11 de janeiro de 2018
in blog do orlando tambosi
11 de janeiro de 2018
in blog do orlando tambosi
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