Os interessados no impeachment do ministro Gilmar Mendes no Supremo Tribunal Federal (STF) seguiram conselho da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e, quando atingiram a meta de um abaixo-assinado que pedia um milhão de adesões, não só dobraram, mas triplicaram o objetivo. A petição virtual, que agora quer alcançar 3 milhões de interessados em tirar o magistrado do cargo, conseguiu até esta quarta-feira, dia 17, 1,881 milhão de apoiamentos.
Na petição, a alegação é que Mendes não seria imparcial em suas decisões. Gilmar Mendes foi alvo de inúmeras críticas no ano passado por suas decisões no STF mandando soltar presos, inclusive os da Lava-Jato, como o empresário Eike Batista.
RELAÇÃO PESSOAL – Também causou polêmica ao soltar o réu e empresário Jacob Barata Filho, com quem tem relação pessoal. O magistrado foi padrinho de casamento da filha de Barata e, mesmo assim, não se considerou impedido para julgar um habeas corpus a favor dele. Entre as decisões recentes, Gilmar Mendes mandou soltar o ex-governador do Rio Anthony Garotinho e determinou a retirada da tornozeleira eletrônica da mulher dele, Rosinha.
Ambos são investigados por compra de votos. Gilmar também tirou da cadeia Adriana Anselmo, mulher do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, condenada pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Sou um dos signatários da petição, mas estou ciente de que não vai dar em nada. A primeira petição para o impeachment de Gilmar Mendes foi recusada pelo então presidente do Senado, Renan Calheiros. Agora, o atual presidente Eunício Oliveira se encarregará do trabalho sujo. Gilmar Mendes é imexível, como diria o ex-ministro Rogério Magri, aquele que considerava sua cachorra “um ser humano como outro qualquer”. (C.N.)
18 de janeiro de 2018
Juliana Cipriani
Correio Braziliense / Estado de Minas
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