A empreiteira brasileira Odebrecht aceitou pagar US$ 17,9 milhões à Guatemala, um montante equivalente aos subornos recebidos pelos funcionários públicos do país para o fechamento de contratos. A informação é do Ministério Público da Guatemala. A Odebrecht foi acusada em vários países de pagar subornos milionários a funcionários de alto escalão, candidatos e presidentes para ser favorecida. Em 2016, os executivos da construtora admitiram pagamentos a autoridades guatemaltecas no valor de US$ 18 milhões para obter os contratos de construção de uma rodovia.
Uma investigação entre os Ministérios Públicos do Brasil e da Guatemala, juntamente com a Comissão Internacional contra Impunidade na Guatemala (CICIG), entidade da Organização das Nações Unidas (ONU), revelou há três dias que o ministro de Infraestrutura, Alejandro Sinibaldi, concordou em receber US$ 19,5 milhões para assegurar que a Odebrecht tivesse o contrato por US$ 300 milhões. Mas Sinibaldi, que permaneceu como fugitivo desde meados de 2016, recebeu US$ 17,9 milhões, de acordo com a investigação.
BALDIZÓN – A filial da construtora na Guatemala também se comprometeu a desistir de qualquer pagamento pendente derivado deste contrato, segundo informou a procuradora-geral, Thelma Aldana, em coletiva de imprensa. O episódio de corrupção que incluiu a Guatemala também atingiu o ex-candidato presidencial Manuel Baldizón, que foi detido em 21 de janeiro em Miami, nos Estados Unidos, e que aguarda deportação por ter cobrado suborno pago a Sinibaldi.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Baldizón concorreu nas eleições à Presidência da Guatemala em 2011 e 2015 pelo Líder. Em 2013, teve os primeiros contatos com a Odebrecht. Na ocasião, tinha sido convidado por Sinibaldi para uma reunião com diretores da construtora, quando então pediu o pagamento dos US$ 3 milhões. No final recebeu o pagamento de US$ 1,3 milhão. Baldizón facilitou “contas e empresas” para que se
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Baldizón concorreu nas eleições à Presidência da Guatemala em 2011 e 2015 pelo Líder. Em 2013, teve os primeiros contatos com a Odebrecht. Na ocasião, tinha sido convidado por Sinibaldi para uma reunião com diretores da construtora, quando então pediu o pagamento dos US$ 3 milhões. No final recebeu o pagamento de US$ 1,3 milhão. Baldizón facilitou “contas e empresas” para que se
pudessem cobrar a propina pela construtora brasileira. (M.C.)
Deu no O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário