"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

TACLA DURAN ENTREGA FOTOS DE 'DIÁLOGOS' QUE DIZ TER MANTIDO COM AMIGO DE MORO

Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht, durante entrevista por Skype a Folha. Foto: Reproducao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Tacla Duran denuncia um amigo do juiz Moro
O advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a Odebrecht, apresentou nesta quinta (30) à CPI da JBS uma perícia para mostrar que as mensagens que ele trocou com o advogado Carlos Zucolotto, amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro, são verdadeiras. Duran apresentou fotos de mensagens trocadas com Zucolotto pelo Wickr, um aplicativo que deleta correspondência automaticamente depois de um curto espaço de tempo. Ele acusou o advogado de intermediar negociações paralelas dele com a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Zucolotto, que representou o escritório de Duran em ações trabalhistas, nega envolvimento em negociações da Lava Jato. Diz que nunca falou sobre isso com nenhum integrante da força-tarefa e que jamais trocou mensagens com Duran. Afirma que sequer baixou em seu telefone o aplicativo Wickr.
MORO DEFENDE – Duran não faz acusações ao juiz Sergio Moro. O magistrado, no entanto,saiu em defesa do advogado quando a Folha revelou as acusações. Na época, afirmou ser “lamentável que a palavra de um acusado foragido da Justiça brasileira seja utilizada para levantar suspeitas infundadas sobre a atuação da Justiça”.
Nas fotos dos diálogos que diz ter mantido com Zucolotto e apresentadas a um perito da Espanha, onde hoje vive, e também à CPI, Duran reclama que os procuradores da Lava Jato, com quem tentava negociar um acordo de colaboração, queriam “contar [sic] em cima um monte de coisas”, ou seja, atribuir a ele crimes pelos quais não teria responsabilidade. Ainda por cima estariam exigindo o pagamento de uma multa de R$ 15 milhões “com base num assunto normal sem crime”.
DIMINUIR A MULTA – Zucolotto, sempre de acordo com o diálogo fotografado por Duran, teria respondido: “É muita coisa isso. Me dá uns dias que vou fazer contato para que o DD entre nessa negociação”. Em outro trecho, ele repete que vai encontrar “a pessoa por esses dias para melhorar isso com DD”.
Ainda segundo as fotos apresentadas à CPI, Zucolotto teria dito que a “ideia” seria diminuir a multa para um terço do valor pedido. Duran pagaria mais um terço de “honorários para poder resolver isso”. E teria concluído: “Mas por fora porque tenho que resolver o pessoal que vai ajudar nisso”.
Duran afirma que pouco tempo depois recebeu da força-tarefa uma minuta de acordo com as condições que teria discutido com Zucolotto. Ele, no entanto, não teria concordado com os termos. O advogado acabou viajando para a Espanha, país em que tem nacionalidade e hoje vive.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Bem, estamos transcrevendo esta matéria apenas para manter o contraditório, como diz nosso amigo Carlos Frederico Alverga, porque este foragido Tacla Duran não merece crédito. Pela primeira vez, o ex-advogado da Odebrecht está apresentando “provas” e a imprensa está fazendo um escarcéu, nem perceber que se trata de uma fraude. Vamos escrever sobre isso daqui a pouco, para demonstrar que a transcrição do suposto diálogo de Duran com o amigo de Moro é apenas uma “prova montada”, que chega até a ser ridícula. (C.N.)


04 de dezembro de 2017
Mônica Bergamo
Folha

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