"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

PARA REERGUER O PT, LULA MANDA SER PREPARADA UMA NOVA "CARTA AOS BRASILEIROS"

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Charge do Genildo (Arquivo Google)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discute com seus colaboradores a redação de uma nova “Carta aos Brasileiros”, a exemplo da lançada em 2002 para mitigar tremores na economia provocados, à época, pela iminência de sua vitória. Diferentemente da mensagem de 2002 – endereçada ao mercado financeiro -, a versão 2018 será uma carta de “compromissos com o povo”, especialmente a classe média. Presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, diz que seu destinatário será o país. “Não o mercado”.
Segundo aliados, Lula está preocupado com o clima de tensão no país e pretende estabelecer um diálogo direto com o eleitor. O ex-presidente tem repetido que essa será uma carta ao povo brasileiro “mesmo”.
COMPROMISSOS – Na carta, diz Okamoto, o petista assumirá compromissos que incluem a revisão do limites de gastos públicos e a revogação de medidas aplicadas pelo governo Temer.”É preciso assumir compromissos com o povo. E, sim, revogar medidas adotadas pelo governo golpista para implementação de um projeto verdadeiramente democrático e popular”, afirma Okamoto.
Ainda segundo o presidente do Instituto Lula, o texto pode ser divulgado no primeiro semestre de 2018. Mas seus coautores ainda não foram escalados.
Nesta sexta-feira, durante reunião com dirigentes do PT de São Paulo, Lula manifestou preocupação com o que chamou de “guerra de classe” que, segundo ele, está sendo criada contra sua candidatura.
SEM RISCOS – Na reunião, Lula disse que os resultados de seus governos passados, inclusive para a Bolsa de Valores, são uma prova de que não há risco de instabilidade para o mercado no caso de ele ser eleito novamente.
Embora anteveja o que chamou de radicalização na disputa presidencial de 2018, Lula minimizou o impacto sobre sua candidatura. “Não tenho medo do mercado. O mercado não vota. Quem vota é o povo”, disse Lula, segundo relato de petistas.
Mais uma vez, Lula lembrou o desempenho da economia durante seu governo e afirmou que o mercado financeiro foi beneficiado durante sua gestão.
INCERTEZA – O petista lidera as pesquisas de intenção de voto e está em campanha aberta. Na semana que vem, ele inicia uma caravana pelos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Antes, já havia feito viagens semelhantes pelo Nordeste e por Minas Gerais.
Sua candidatura ainda é incerta, no entanto. Condenado pelo juiz Sergio Moro por corrupção, ele pode ficar inelegível se o Tribunal Regional Federal da 4ª Região confirmar a sentença.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula vive num mundo da fantasia, em que escapará da Justiça e será reeleito presidente da República. Mas a realidade é bem outra. Ele terá sua condenação confirmada, não poderá ser candidato e o PT será destroçado nessas eleições. O Plano B seria lançar Fernando Haddad à Presidência, mas o o ex-prefeito de São Paulo não quer aceitar o sacrifício de uma derrota anunciada. Prefere ser candidato a senador, porque são duas vagas e terá mais chances. Lula e o PT têm um encontro marcado com o fracasso, podem apostar. (C.N.)

04 de dezembro de 2017
Catia Seabra
Folha

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