"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

PERÍCIA COMPROVA PAGAMENTOS DA ODEBRECHT AO QUADRILHÃO CHEFIADO POR TEMER

Resultado de imagem para sistema drousys + jornal nacional
TV Globo denuncia as propinas de caciques do PMDB
Perícia em documentos encontrados no sistema usado pela Odebrecht para gerenciar os pagamentos de propina registra repasses ao grupo do presidente Michel Temer, formado por Eliseu Padilha, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, todos do PMDB. O relatório foi anexado ao inquérito que concluiu que integrantes do PMDB formaram uma organização criminosa.
Padilha é o atual ministro da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral. Cunha e Henrique Alves, atualmente presos, são ex-deputados e ex-presidentes da Câmara. Geddel é ex-ministro da Secretaria de Governo.
COMPROVANTES – A investigação encontrou comprovantes no Drousys, sistema de comunicação do departamento de propina da Odebrecht, que confirmam o pagamento à cúpula do PMDB para garantir obras públicas para a construtora Oderebrecht.
A perícia concluiu que Eliseu Padilha recebeu sete pagamentos no total de R$ 1,4 milhão, sob o codinome “Bicuira”; outros R$ 4,6 milhões, sob o codinome “Primo”; e R$ 200 mil, sob um terceiro codinome, um palavrão. A perícia também comprovou que os documentos indicam pagamentos de R$ 7 milhões a Moreira Franco, identificado como “Angorá”.
As planilhas indicam que Eduardo Cunha recebeu recebeu R$ 300 mil sob o codinome “Calota” e R$ 28,6 milhões como “Caranguejo”.
Geddel Vieira Lima recebeu, sob o codinome “Babel”, R$ 2,1 milhões e, em 2013, mais R$ 100 mil. E as planilhas encontradas revelam, ainda, dois pagamentos no valor total de R$ 2 milhões feitos pela Odebrecht em favor do ex-deputado Henrique Eduardo Alves, identificado como “Fanho”.
CONTAS NO EXTERIOR – Com as investigações, a Procuradoria Geral da República concluiu que, além desses mais de R$ 46 milhões, pagos no Brasil, à cúpula do PMDB na Câmara recebeu depósitos no exterior que somam US$ 20,8 milhões, relativos a um contrato com a Petrobras.
Os investigadores afirmam que o presidente Michel Temer também participou das negociações com executivos da Odebrecht que acertaram o pagamento da propina ao PMDB.
A promessa do pagamento de propina pelo contrato com a Petrobras teria sido feita em uma reunião “no escritório político de Michel Temer, no dia 15 de julho de 2010, que contou com a presença dos executivos da Odebrecht Márcio Faria e Rogério Araújo, do operador do PMDB João Augusto Henriques, do próprio Temer, dos ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves.”
DETALHES – Márcio Faria deu detalhes do encontro na delação premiada fechada em dezembro do ano passado:
“Doutor, chegamos, nos anunciamos, foi um… nos colocaram numa sala, numa salinha de espera por muito pouco tempo. Chegando na sala, cumprimentei o ex-deputado Eduardo Cunha, que estava também já na sala de espera. A gente cumprimentou e logo logo fomos anunciados. Fomos anunciados, entramos numa sala maior e que nessa sala estava presente o Michel Temer, ele sentou na cabeceira, como se fosse aqui. Eu sentei aqui. Rogério aqui. Do lado de lá, Eduardo Cunha, o deputado Henrique Eduardo Alves e o João Augusto mais atrás. Foi assim que nós chegamos e ficamos na reunião.”
Segundo Márcio Faria, “ficou acertado que a Odebrecht pagaria ao PMDB propina de 4% do valor do contrato assinado entre a Petrobras e a Odebrecht no dia 26 de outubro de 2010 no valor aproximado de US$ 800 milhões.”
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Todos os acusados negam as revelações dos delatores, mas desta vez há “comprovantes”, ou seja, provas materiais. O mais incrível é que a investigação tenha demorado tanto a decifrar os codinomes. Isso significa que a Odebrecht Tomitiu e sonegou informações. Portanto, a exemplo do que está acontecendo com a JBS, também a delação da Odebrecht deveria ser revista. (C.N.)


21 de setembro de 2017
Deu no G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário