O empresário Joesley Batista, da J&F, diz que não gravou o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), nem qualquer outro magistrado de tribunais superiores do país. Antes de ser preso, ele deixava sempre no ar a possibilidade de ter feito a gravação. Há alguns dias, foi questionado diretamente por advogados que o representam, de forma incisiva, sobre a existência de fitas de conversas com Mendes ou outros ministros.
Uma resposta positiva poderia até inviabilizar que eles continuassem na defesa do empresário. E Joesley acabou negando pela primeira vez que tenha feito qualquer registro.
Transferido de Brasília para São Paulo, Joesley está com o irmão, Wesley Batista, na carceragem da Polícia Federal. A proximidade acalmou o empresário.
LAVA JATO – Um grupo de estudantes e pesquisadores de Direito da University of British Columbia, do Canadá, começou uma campanha para que a Operação Lava Jato seja derrotada na disputa pelo prêmio Allard. Ligado à instituição, ele dá US$ 100 mil para os que demonstram “excepcional coragem e liderança no combate à corrupção”.
Em cartas à direção do prêmio, o grupo afirma que a Lava Jato não tem liderança, já que parte da população, em especial da comunidade jurídica do Brasil, não concorda com seus procedimentos. Apontam ainda fatos questionados pelo Supremo Tribunal Federal que seriam violações ao devido processo legal, critério usado pela premiação para agraciar os vencedores.
O procurador Deltan Dallagnol deve comparecer à cerimônia, no dia 28, em Vancouver. A Lava Jato disputa com Khadija Ismayilova, jornalista do Azerbaijão, e Azza Soliman, advogada de direitos humanos do Egito.
21 de setembro de 2017
Mônica Bergamo
Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário