"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

QUANDO ERA MINISTRO, PIMENTEL EXIGIU PROPINA DE R$ 12 MILHÕES PA ODEBRECHT

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Charge do Renato (Arquivo Google)
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), por improbidade administrativa. O MPF entrou com uma proposta de ação na Justiça Federal ainda baseado em informações coletadas durante a operação Acrônimo. Os procuradores afirmam que Pimentel cobrou R$ 12 milhões da construtora Odebrecht. A propina teria sido exigida para aprovação de seguros de garantia de financiamento de obras na Argentina e Moçambique. Os fatos ocorreram no primeiro mandato de Dilma Rousseff, quando o governador era o então  Ministro de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
Além de Pimentel, outras cinco pessoas são citadas na ação pelo mesmo crime. São o empresário Marcelo Odebrecht,  o diretor da construtora João Carlos Maris Nogueira, o então chefe de gabinete de Pimentel no ministério,  Eduardo Lucas Silva Serrano, e os empresários  Pedro Augusto Medeiros e  Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené.
DELAÇÃO – O que motivou as investigações foram informações repassadas por Bené e por diretores da Odebrecht, que firmaram acordo de delação premiada com o MPF. Segundo as investigações, a liberação da cobertura dos seguros viabilizou negócios de R$ 1,7 bilhão para Odebrecht nos dois países. As obras foram um soterramento de linha férrea em Buenos Aires e um corredor de ônibus em Maputo.
O acerto dos pagamentos teriam sido realizados em três encontros  três encontros, em Brasília, entre Fernando Pimentel e Marcelo Odebrecht. Essas reuniões ocorreram  entre 2012 e 2013.
O MPF afirma que o pagamento da propina feito feito em espécie, em pelo menos oito parcelas. Bené era quem fazia a intermediação  para entrega do dinheiro junto ao diretor da construtora João Nogueira.
DINHEIRO VIVO – “Cada entrega correspondeu à quantia de, pelo menos, quinhentos mil reais em espécie, dinheiro que foi transportado por Pedro Augusto para Brasília (DF) e estocado por Benedito, atendendo às determinações de Fernando Pimentel”, afirma um dos trechos da ação.
A ação explica que o dinheiro foi utilizado para o pagamento de despesas pessoais de Pimentel e a outra parte para caixa dois de sua campanha a governador.
O advogado de Fernando Pimentel (PT), Eugênio Pacelli, nega todos os fatos e afirma que a acusação erra ao utilizar provas obtidas com delação interessados no processo, como Bené e a construtora Odebrecht. Se condenado, Pimentel pode ter que pagar multa de até R$ 48 milhões, perder o cargo público e os direitos políticos por até dez anos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Faltou explicar que as obras no exterior eram financiadas pelo BNDES, que era subordinado justamente ao ministro do Desenvolvimento, que à época se chamava Fernando Pimentel, um verdadeiro abutre de recursos públicos(C.N.)

02 de agosto de 2017
Bernardo Miranda
O Tempo

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