Por incrível que pareça, o procurador-geral Rodrigo Janot deve estar vibrando com a decisão em que ministro-relator Edson Fachin negou o pedido da Polícia Federal para incluir o nome de Michel Temer num inquérito que apura se deputados do PMDB formam uma quadrilha. A estratégia do PGR para apresentar a segunda denúncia contra o presidente é justamente usar os elementos desse inquérito na tentativa de mostrar que Temer é uma peça importante da organização criminosa peemedebista.
Mas então, por que a decisão do Supremo foi comemorada por Janot? Simples: caso atendesse ao pleito da PF, os outros investigados poderiam apresentar agravos, questionando a medida, o que atrasaria o andamento da investigação e, consequentemente, a conclusão da denúncia.
JUSTIFICATIVA – Era tudo que Janot não queria. Claro, ele deixará o cargo em pouco mais de um mês. E se a batida de martelo já levou alívio, a justificativa de Fachin não poderia ser mais perfeita para a PGR.
Ao negar a inclusão, o ministro deixou claro que os elementos contidos na investigação à turma do PMDB da Câmara podem perfeitamente ser usados em outros inquéritos que miram a conduta de Temer. Bingo.
Ou seja, para Janot, melhor do que isso, só se Gilmar Mendes se aposentasse…
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Conforme comentamos aqui na Tribuna da Internet, a decisão de Fachin era apenas “aparentemente” favorável a Temer. Na política, as aparências quase sempre enganam. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Conforme comentamos aqui na Tribuna da Internet, a decisão de Fachin era apenas “aparentemente” favorável a Temer. Na política, as aparências quase sempre enganam. (C.N.)
13 de agosto de 2017
Gabriel Mascarenhas
Veja
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário