"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 14 de julho de 2017

EIKE JÁ PRODUZIU 8 ANEXOS DE DELAÇÃO QUE ENVOLVEM LULA, CABRAL E MANTEGA

EX-BILIONÁRIO EIKE BATISTA NEGOCIA DELAÇÃO, QUE JÁ TEM 8 ANEXOS
EIKE FOI INDICIADO POR CORRUPÇÃO ATIVA E LAVAGEM DE DINHEIRO POR PROPINA DE US$ 16,5 MILHÕES A ESQUEMA DE CABRAL (FOTO: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO)

O empresário Eike Batista e seus advogados produziram ao menos oito anexos da sua proposta de delação premiada que será entregue ao Ministério Público Federal (MPF) no Rio, segundo informações da Agência Estado.

Os principais nomes citados na colaboração de Eike são o ex-presidente Lula, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e o ex-ministro Guido Mantega.

O ex-bilionário deve detalhar lobby que teria sido feito por Lula em favor das empresas do grupo X. No entanto, Eike irá ponderar que o petista nunca fez nenhum pedido formal para que contribuísse nas campanhas eleitorais.

No caso de Mantega, Eike pretende detalhar pedido do ministro para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, no interesse do PT, como já disse em depoimento à força-tarefa da Lava Jato no ano passado.

Já Cabral teria cobrado propina de ao menos duas empresas de Eike: a petroleira OGX e a OSX, braço de construção naval do grupo.

Segundo a Agência Estado, a defesa do fundador do grupo X está agora colhendo anexos de executivos e ex-executivos das empresas de Eike, que podem corroborar as suas declarações. Neste momento, há cinco executivos colaborando, segundo fontes.

Eike foi preso no início do ano pela Operação Eficiência, desdobramento da Calicute (operação que levou Cabral à prisão no ano passado). Atualmente, Eike cumpre prisão domiciliar na sua residência no Jardim Botânico, zona sul do Rio.

Nesse processo, o fundador do grupo X foi indiciado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ele teria pago US$ 16,5 milhões em propina ao suposto esquema liderado por Cabral para ter benefícios em seus negócios. Além disso, teria desembolsado R$ 1 milhãoem propina ao ex-governador, por meio de contrato fraudulento com o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador.

As tratativas sobre o acordo com o MPF no Rio já estão em andamento há alguns meses, mas o processo ainda terá de passar pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por envolver pessoas com foro privilegiado.


14 de julho de 2017
diário do poder

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