O marketing político, azeitado com dinheiro roubado do povo, produziu uma fraude gigantesca: Lula da Silva. Não se trata de uma frase de efeito ou de uma reação emocional. É a conclusão inescapável da farta documentação produzida pela Operação Lava Jato.
Lula poderia ter sido uma bela história. Não foi. Definitivamente. Como lembrou editorial do jornal O Estado de S.Paulo, Lula entra nessa história sórdida “na condição de poderoso e não de fraco e oprimido perseguido pelos malvados inimigos do povo.
Lula está com a polícia em seus calcanhares não porque é um nordestino que nasceu na pobreza e subiu na vida. Lula está nessa triste situação porque deixou que o poder lhe subisse à cabeça, deslumbrou-se com a veneração da massa, com o protagonismo político e com a vassalagem interessada de políticos medíocres, intelectuais ingênuos ou vaidosos e, principalmente, com a bajulação de homens de negócio gananciosos”.
Seu depoimento ao juiz Sérgio Moro foi a pá de cal na sua biografia. Acusado de ser o dono oculto do tríplex no Guarujá, um presente da OAS pelos serviços prestados à empreiteira, Lula teve a oportunidade de defender-se. Não conseguiu convencer nem mesmo uma inocente freira de clausura.
Ao tentar afastar-se de qualquer responsabilidade, apontou firme o dedo para sua mulher. Segundo Lula, Marisa foi quem se interessou pelo tríplex, e não ele. E interessou-se para fazer um investimento. Ele nada sabia. Pobre dona Marisa. É de lascar, amigo leitor.
Mas a ignorância inocente de Lula é ampla, geral e irrestrita. Questionado pelo juiz Sérgio Moro se em algum momento, como líder inconteste do PT, pediu ao partido que investigasse o envolvimento de companheiros no esquema de corrupção detalhado posteriormente pela delação de executivos das empreiteiras e da Petrobrás, Lula disse que em 2014, quando vieram à tona as denúncias da Lava Jato, ele era apenas um ex-presidente comparável a um “vaso chinês”.
Moro insistiu em que, mesmo na condição de ex-presidente, o depoente tinha evidente influência no partido, ao que Lula respondeu candidamente: “Eu não tenho nenhuma influência no PT”.
A propósito das declarações do ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, indicado pelo PT, segundo as quais Lula mandou que ele destruísse provas da existência de contas secretas no exterior abastecidas com dinheiro do petrolão, o ex-presidente acabou confirmando o encontro. Mas, é claro, apresentou outra versão para os fatos. Disse que o ex-diretor da Petrobrás negou ter conta lá fora, e assim encerrou o assunto.
Se a intenção de Lula era apenas perguntar se Duque tinha conta no exterior, por que marcar um encontro top secret num hangar do aeroporto de Congonhas? No contexto, a suposta ordem de Lula para que Duque destruísse provas faz todo sentido.
Lula está aprisionado no labirinto das suas mentiras e do seu cinismo.
Este artigo estava pronto quando explodiu o noticiário das gravações do Temer e do Aécio Neves. O Brasil precisa ser refundado.
22 de maio de 2017
Carlos Alberto di Franco
Lula poderia ter sido uma bela história. Não foi. Definitivamente. Como lembrou editorial do jornal O Estado de S.Paulo, Lula entra nessa história sórdida “na condição de poderoso e não de fraco e oprimido perseguido pelos malvados inimigos do povo.
Lula está com a polícia em seus calcanhares não porque é um nordestino que nasceu na pobreza e subiu na vida. Lula está nessa triste situação porque deixou que o poder lhe subisse à cabeça, deslumbrou-se com a veneração da massa, com o protagonismo político e com a vassalagem interessada de políticos medíocres, intelectuais ingênuos ou vaidosos e, principalmente, com a bajulação de homens de negócio gananciosos”.
Seu depoimento ao juiz Sérgio Moro foi a pá de cal na sua biografia. Acusado de ser o dono oculto do tríplex no Guarujá, um presente da OAS pelos serviços prestados à empreiteira, Lula teve a oportunidade de defender-se. Não conseguiu convencer nem mesmo uma inocente freira de clausura.
Ao tentar afastar-se de qualquer responsabilidade, apontou firme o dedo para sua mulher. Segundo Lula, Marisa foi quem se interessou pelo tríplex, e não ele. E interessou-se para fazer um investimento. Ele nada sabia. Pobre dona Marisa. É de lascar, amigo leitor.
Mas a ignorância inocente de Lula é ampla, geral e irrestrita. Questionado pelo juiz Sérgio Moro se em algum momento, como líder inconteste do PT, pediu ao partido que investigasse o envolvimento de companheiros no esquema de corrupção detalhado posteriormente pela delação de executivos das empreiteiras e da Petrobrás, Lula disse que em 2014, quando vieram à tona as denúncias da Lava Jato, ele era apenas um ex-presidente comparável a um “vaso chinês”.
Moro insistiu em que, mesmo na condição de ex-presidente, o depoente tinha evidente influência no partido, ao que Lula respondeu candidamente: “Eu não tenho nenhuma influência no PT”.
A propósito das declarações do ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, indicado pelo PT, segundo as quais Lula mandou que ele destruísse provas da existência de contas secretas no exterior abastecidas com dinheiro do petrolão, o ex-presidente acabou confirmando o encontro. Mas, é claro, apresentou outra versão para os fatos. Disse que o ex-diretor da Petrobrás negou ter conta lá fora, e assim encerrou o assunto.
Se a intenção de Lula era apenas perguntar se Duque tinha conta no exterior, por que marcar um encontro top secret num hangar do aeroporto de Congonhas? No contexto, a suposta ordem de Lula para que Duque destruísse provas faz todo sentido.
Lula está aprisionado no labirinto das suas mentiras e do seu cinismo.
Este artigo estava pronto quando explodiu o noticiário das gravações do Temer e do Aécio Neves. O Brasil precisa ser refundado.
22 de maio de 2017
Carlos Alberto di Franco
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